INTRODUÇÃO: A Inteligência Artificial (IA) tem transformado a prática médica, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde a precisão e a rapidez no atendimento são cruciais. Assim, surge a necessidade de analisar como a IA está sendo utilizada pela enfermagem em UTIs, destacando suas contribuições para a monitorização dos pacientes, a predição de desfechos clínicos e a otimização dos cuidados. OBJETIVO: Analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre o impacto da IA na prática da enfermagem em UTIs METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de caráter transversal, descritiva e quantitativa. A busca foi realizada nas bases de dados como PubMed, Scopus e CINAHL, através dos descritores e operadores: inteligência artificial AND enfermagem AND unidade de terapia intensiva. Os critérios de inclusão abrangeram artigos publicados entre 2015 e 2023, em inglês e português, que discutem a aplicação da IA na prática de enfermagem em UTIs. Foram excluídos estudos que não abordassem diretamente a enfermagem ou que fossem revisões secundárias. RESULTADOS: Foram identificados 45 artigos, 15 atenderam aos critérios de inclusão. As evidências apontam que a IA tem potencial para melhorar a monitorização contínua dos pacientes, permitindo a detecção precoce de complicações como sepse e insuficiência respiratória. Além disso, a IA contribui para a otimização da gestão de recursos e do tempo dos profissionais de enfermagem, alocando-os de maneira mais eficiente. No entanto, desafios significativos incluem questões éticas, a necessidade de treinamento específico para enfermeiros e a integração da tecnologia sem comprometer o julgamento clínico humano. DISCUSSÃO: A implementação da IA em UTIs pode transformar a prática de enfermagem, melhorando a qualidade dos cuidados e os desfechos clínicos. Contudo, a adoção bem-sucedida dessas tecnologias requer uma abordagem equilibrada, que combine a inovação tecnológica com a experiência e o conhecimento dos profissionais de saúde. A capacitação contínua dos enfermeiros e o desenvolvimento de diretrizes éticas claras são essenciais para maximizar os benefícios da IA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A IA oferece inúmeras oportunidades para aprimorar a prática de enfermagem em UTIs, mas a sua integração eficaz depende de superar desafios técnicos e éticos. Futuras pesquisas devem focar na elaboração de protocolos que facilitem a adoção segura e eficaz da IA no ambiente de cuidados intensivos.