Introdução: O saneamento básico refere-se ao conjunto de medidas e infraestruturas destinadas a promover a saúde pública, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida da população por meio do acesso adequado à água potável, ao esgotamento sanitário, à coleta e destinação adequada de resíduos sólidos, além de práticas de higiene e educação sanitária. Assim, a relação entre o saneamento básico e a primeira infância é de grande relevância para a saúde pública e o desenvolvimento social. Objetivo: Investigar os indicadores de acesso ao esgotamento sanitário e os índices de doenças como diarreia na primeira infância nos estados da região nordeste do Brasil. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e com abordagem quantitativa, realizado durante o período de fevereiro à junho de 2024, foram utilizados dados secundários relacionados ao ano de 2020, obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram tabelados em uma planilha do Excel e analisados por meio de gráficos. Buscou-se identificar, por meio da análise dos dados, os estados com maior incidência de internações por doenças diarreicas na primeira infância, focando em crianças de 1 a 4 anos de idade. Resultados: A presença de infraestrutura adequada de saneamento básico desempenha um papel crucial na promoção da saúde pública, especialmente na região do Nordeste do Brasil, onde o acesso muitas vezes é limitado. Os dados apresentados indicam que Bahia (51%) e Ceará (48%) que possuem maior alcance de esgotamento sanitário, costumam apresentar índices mais baixos de hospitalizações por doenças relacionadas á água, como a diarreia. Em contrapartida, a alta incidência de casos de diarreia na Bahia, apesar do percentual relativamente alto de atendimento de esgoto (51%), pode ser atribuido a questões como a qualidade inadequada do serviço de saneamento, falta de acesso a água potável de qualidade e condições socioeconômicas desfavoráveis que afetam a saúde da população. Conclusão: Dessa forma, pode-se inferir que esses achados reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura sanitária e políticas de saneamento para garantir condições de vida dignas e saudáveis para todos os cidadãos brasileiros, especialmente na primeira infância.