Introdução: Os profissionais de enfermagem são os principais responsáveis por reconhecer e intervir nas alterações clínicas de pacientes internados. A deterioração clínica é entendida como alterações fisiológicas que podem ser identificadas pela observação dos sinais vitais. Isso possibilita respostas rápidas para a recuperação do paciente, evitando a piora clínica e reduzindo a morbidade e a mortalidade. Objetivo: Identificar as dificuldades encontradas na literatura relacionadas a assistência de enfermagem frente a deterioração clínica. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Narrativa da Literatura, realizado levantamento sobre a temática no mês de junho de 2024, por meio do acesso ao Banco de Dados da Biblioteca Virtual em Saúde que recuperou estudos nas bases (LILCAS/ BDENF), além do acesso a Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline via Pubmed). Os descritores utilizados foram: deterioração clínica, cuidados de enfermagem e assistência de enfermagem. Resultados: Entre as dificuldades encontradas estão a falta de reconhecimento e a incapacidade da equipe de enfermagem em perceber as mudanças fisiológicas associadas ao deterioramento do paciente. A má comunicação entre os profissionais e a carga excessiva de trabalho apresentaram-se como obstáculo, pois atrasaram o diagnóstico e a tomada de decisão da enfermagem interferindo na qualidade da assistência ao paciente. Enfermeiros com especialização e experiência hospitalar, adquiridas tanto em sua rotina de trabalho quanto em situações similares, têm maior probabilidade de identificar, avaliar a deterioração clínica e intervir na recuperação do paciente. Alguns estudos consideraram a utilização de um sistema para pontuação como um facilitador para compreensão das alterações clínicas e avaliação aumentando a confiança e autonomia da enfermagem na tomada de decisões. Conclusão: Conclui-se que a implementação de sistemas de pontuação no ambiente hospitalar para a tomada de decisões mostrou-se um fator importante na comunicação entre a equipe de enfermagem e de reposta rápida, reduzindo o índice de parada cardiorrespiratória aos pacientes internados, bem como o tempo de atraso ao diagnóstico e tratamento. No entanto, nota-se que a enfermagem ainda encontra dificuldades em detectar precocemente o deterioramento clínico. Portanto, é necessário treinamentos, como simulação, a fim de aprimorar a percepção diante de alterações fisiológicas.