
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES ASSOCIADOS À CLASSIFICAÇÃO GLICÊMICA DE PACIENTES DISPÉPTICOS INDICADOS AO EXAME DE EDA
Relatoria:
Marcus Vinícius Pereira de Sousa
Autores:
- Geovana Andressa Mendes de Sousa
- Ítalo Hugo Almeida Antero
- Jurandir Xavier de Sá Júnior
- Yroan Paula Landim
- Maria Aparecida Alves de Oliveira Serra
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO. A hiperglicemia é um estado caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, e representa uma condição preocupante que está frequentemente associada a distúrbios metabólicos, como o diabetes mellitus. A frequência de sintomas dispépticos em pacientes com diabetes mellitus é maior do que em indivíduos sem DM. OBJETIVO. Verificar a associação entre os fatores socioeconômicos e a classificação glicêmica de pacientes dispépticos com indicação ao exame de Endoscopia Digestiva Alta. MÉTODO. Estudo transversal e quantitativo, realizado em um serviço público de endoscopia de um município maranhense, com pacientes dispépticos atendidos entre janeiro e março de 2023. Foram excluídos os que estavam em período gestacional ou lactação, com distúrbios da fisiologia gástrica, pacientes submetidos a cirurgia bariátrica pela técnica Sleeve e pacientes em uso de antilipêmicos, hipoglicemiantes, antibióticos ou de medicações antissecretoras gástricas nas duas semanas anteriores à EDA. Os parâmetros para a classificação glicêmica dos pacientes seguiram as recomendações da Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Para verificar a associação entre as variáveis, foi aplicado o teste qui-quadrado de Pearson e medido seu efeito por meio da razão de chance, considerando nível de significância de p<0,05. Todas as análises foram realizadas no software SPSS 22.0. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, parecer nº 3.212.699. RESULTADOS. Entre as características socioeconômicas e comportamentais, observou-se na amostra geral que 71,9% eram do sexo feminino, 64,8% tinham idade inferior a 45 anos, 69,0% se declararam pardos, 83,1% se declararam não tabagistas, 63,4% não etilistas, 64,8% estudaram por um tempo superior a oito anos, 62% tinham parceiro(a), 64,7% tinham renda familiar mensal menor que um salário mínimo e 62% não praticavam atividade física. Verificou-se que 71% dos pacientes eram normoglicêmicos. Observou-se também que os pacientes com idade inferior a 45 anos (p=0,00) e que se declararam tabagistas (p=0,02) tinham menores chances de serem classificados como normoglicêmicos. CONCLUSÃO. Verificou-se diferença no perfil dos pacientes que não foram classificados como normoglicêmicos, com destaque para a idade e o tabagismo. Portanto, é necessário a criação de métodos de prevenção e tratamento para o controle glicêmico dos pacientes dispépticos, evitando complicações como a diabetes mellitus.