INTRODUÇÃO: No ambiente da medicina regenerativa, as lesões de difícil cicatrização se apresentam como um entrave no sistema de saúde, que dificulta a recuperação e a qualidade de vida desses pacientes. Nesse viés, o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) surge como uma biotecnologia adjuvante, na qual plaquetas concentradas fomentam o tecido lesionado com fatores de crescimento, citocinas e outros mediadores que potencializam o tratamento e resultado de cura dessas feridas. A preparação do PRP, em geral, ocorre de forma autóloga, por meio da coleta de sangue do próprio paciente e sua aplicação na lesão pode ser feita topicamente, no formato em gel, ou através de uma injeção local deste material. OBJETIVO: Descrever sobre a eficácia do PRP e suas vantagens para o tratamento de lesões cutâneas de difícil cicatrização. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa da literatura, a coleta de dados foi realizada nas bases: Pubmed, Medline e Web of Science, a partir dos descritores: Wounds, Dressing, Platelet-Rich Plasma, deste modo foram encontrados 34 artigos. Nos critérios de inclusão se aplicam os artigos publicados nos últimos 5 anos, filtrando apenas ensaios clínicos para a base da pesquisa. Foram excluídos os trabalhos que não apresentaram relação com a temática, restando 6 artigos para revisão. RESULTADOS: Os resultados demonstraram um aumento na taxa de cicatrização de feridas crônicas, somado a aceleração desse processo devido aos fatores de crescimento liberados pelo PRP, que auxiliam na proliferação celular e estimulam a angiogênese, além de influenciar na redução da dor, na recorrência dessas lesões, no controle da taxa de infecções e nos eventos adversos, o que comprova a eficácia do PRP nos estudos e ensaios realizados. No entanto, são evidentes as lacunas com relação ao tratamento, como: o método de preparação, o protocolo de ativação do mesmo, a concentração de plaquetas e a frequência de sua aplicação. CONCLUSÃO: Deste modo, entende-se que o PRP é uma tecnologia emergente e eficaz para o tratamento de lesões de difícil cicatrização, além de ser um método simples, de baixo custo e seguro para o paciente. Em contrapartida, faz-se urgente o desenvolvimento de um protocolo de padronização deste método, agregado a realização de estudos mais amplos e organizados para fazer com que esta tecnologia avance e possa proporcionar a recuperação destes pacientes e devolver sua qualidade de vida.