Introdução: Tradicionalmente, o foco do pré-natal sempre esteve direcionado à mulher. Em 2016, o Ministério da Saúde implementou uma estratégia com o intuito de promover tanto o autocuidado masculino quanto a paternidade consciente, denominando esta iniciativa como Pré-natal do Parceiro. No entanto, a participação dos homens nas consultas de pré-natal ainda é incipiente, o que representa um desafio para a assistência de enfermagem. Objetivo: Identificar os desafios na adesão masculina ao pré-natal do parceiro. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa e de caráter descritivo, conduzida durante os meses de maio e junho de 2024. O levantamento bibliográfico foi realizado mediante consulta nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Public Medline (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram incluídos artigos no período de 2020-2024, em português e inglês, disponíveis na íntegra, excluindo-se estudos de literatura cinzenta e duplicatas. Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Cuidado Pré-Natal”, “Paternidade”, “Atenção Primária à Saúde". O operador booleano “AND” foi utilizado para refinar a pesquisa. Resultados: A amostra final consistiu em 06 artigos. Os estudos encontrados mostram que o enfermeiro enfrenta uma série de desafios significativos no que se refere ao pré-natal masculino. Inicialmente, a falta de familiaridade dos homens com os ambientes de saúde resulta na adesão irregular às consultas e à realização de exames necessários, que por sua vez, pode corroborar para a transmissão vertical de algumas doenças transmissíveis, bem como compromete a eficácia do acompanhamento da gestação. Além disso, questões culturais e de gênero encontram-se como influenciadoras na baixa adesão do homem no cuidado pré-natal, o que interfere diretamente em uma maior sensação de segurança das gestantes e no vínculo entre mãe, pai e filho. Conclusão: Evidenciou-se que a baixa participação masculina nas consultas de pré-natal representa um desafio para a equipe de enfermagem. A necessidade de sensibilização, por meio da educação em saúde, e a superação de barreiras culturais e de gênero, são fundamentais para aumentar a adesão dos homens no ciclo gravídico puerperal da mulher. Portanto, é crucial que os enfermeiros incentivem a participação desse grupo nas consultas e exames, a fim de proporcionar melhorias nos resultados de saúde do homem e materno infantil.