INTRODUÇÃO: Os dispositivos de vaping, conhecidos como vapes, têm se popularizado como alternativa ao tabagismo convencional, impulsionados pela percepção de serem menos prejudiciais à saúde do que os cigarros tradicionais. No entanto, a segurança e os efeitos a longo prazo dos vapes têm sido objeto de debate e preocupação crescentes entre profissionais de saúde e pesquisadores. OBJETIVO: Esta revisão sistemática da literatura aborda os riscos à saúde humana associados ao uso de vaping. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura utilizando bases de dados como LILACS, Scielo e Google Acadêmico, com foco em artigos publicados entre 2022 a 2024 e em idioma português RESULTADOS E DISCUSSÃO: A popularização dos vapes trouxe preocupações significativas. A presença de nicotina nos líquidos contribui para a dependência química, afetando o desenvolvimento cerebral e aumentando o risco de dependência ao longo da vida. Os efeitos respiratórios incluem aumento das doenças pulmonares crônicas e lesões agudas como o EVALI. Efeitos cardiovasculares também são preocupantes, com aumento da pressão arterial e risco de ataques cardíacos e derrames. Os líquidos de vaping contêm substâncias químicas tóxicas como metais pesados e compostos orgânicos voláteis, aumentando o risco de câncer a longo prazo. A comercialização agressiva, frequentemente com sabores atrativos, tem aumentado o uso entre jovens, aumentando o risco de iniciação ao tabagismo e outros comportamentos de risco. CONCLUSÃO: Apesar de inicialmente promovidos como alternativas mais seguras, os vapes apresentam riscos significativos à saúde, incluindo dependência de nicotina, impactos adversos respiratórios e cardiovasculares, exposição a substâncias químicas tóxicas e efeitos a longo prazo desconhecidos. Políticas de saúde pública devem ser implementadas para educar sobre esses riscos e proteger a população, especialmente os jovens.