Introdução: A saúde mental tem desempenhado um papel significativo em nossas percepções ao longo do tempo. No Brasil, a assistência a pessoas com transtornos mentais acontecia de forma excludente, com uma assistência focada na doença. Somente anos mais tarde, iniciou-se a transformação da Saúde Mental no país, onde as discussões em relação a esses transtornos ganharam força. Objetivos: Evidenciar através da literatura a necessidade de conhecer e refletir sobre a cultura manicomial e as estruturas existentes para potencializar aprendizados e não reprodução de velhas práticas nos atuais hospitais gerais. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, balizada através das plataformas MEDLINE e LILACS, utilizando-se dos descritores: (“mental health”) AND (“psychiatric hospital”) AND (“general hospital”) com o operador booleano AND. Foram analisados os títulos e incluídos estudos publicados em português e inglês, nos últimos cinco anos, com assunto principal sobre reinvenção de uma concepção terapêutica para a reinserção social das pessoas com transtorno mental e excluídos artigos duplicados e de acesso pagos. Resultados: Durante a pesquisa foram encontrados 269 artigos, que, seguindo a estratégia prisma, 6 foram selecionados. Acerca da língua de publicação, estavam em português e inglês, com abordagens metodológicas de caráter observacional. Os artigos destacaram as mudanças ao longo da história de alguns hospitais psiquiátricos, explicando seu funcionamento na conjuntura de leitos de saúde mental em hospitais gerais, tanto em relação às dificuldades vivenciadas quanto à estrutura do próprio ambiente, modificando diretamente o processo do cuidar. Conclusão: Essas descobertas dão suporte à importância da mudança de manicômios em hospitais gerais, manifestando a necessidade de adotar práticas integrais, tratando o paciente de uma forma holística, além de investir em novos arranjos institucionais que coloquem o usuário no centro de atos de saúde e investindo em qualificação dos profissionais da área.