INTRODUÇÃO: A Atenção Básica é reconhecida como uma das portas da atenção primária e também da Rede de Urgência e Emergência em Saúde (RUE). Contudo, as equipes de enfermagem que atuam nesses serviços relatam inúmeras dificuldades para prestação de serviços de forma eficiente sendo eles: ausência de insumos, dificuldade de capacitação e uma deficiente integração dos demais serviços. OBJETIVOS: Descrever a percepção dos profissionais de enfermagem sobre assistências emergenciais assistidas na atenção primária à saúde. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura utilizando a seleção de artigos sobre RUE e atenção primária. Foram selecionados materiais presentes na BVS e SciELO, utilizando “a assistência de enfermagem” AND “atenção primária” AND “emergências”, AND “Rede de urgência e emergência” como termos chave. Os materiais foram analisados quanto ao conteúdo, relevância para o estudo e contribuições na área da atenção primária. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É indiscutível a importância da APS, porém há desafios significativos enfrentados pelos profissionais de enfermagem que atuam nesse nível de cuidado. A falta de uma equipe devidamente capacitada, a escassez de insumos e medicamentos essenciais, a ausência de locais adequados para atendimento e a falta de integração com outros serviços da rede de assistência são alguns dos problemas relatados. Tais dificuldades comprometem a capacidade dos profissionais de enfermagem em fornecer um atendimento de urgência e emergência eficiente e seguro. No entanto, é importante reconhecer que a atuação da equipe de enfermagem é retrato de um cenário muito desafiador, visto que as demandas assistenciais inerentes a rotina de trabalho por vezes inviabiliza ou dificulta o acesso às ações de educação permanente, o que reflete diretamente na assistência, no desenvolvimento profissional e na eficácia dos cuidados prestados. CONCLUSÃO: Diante do exposto, quatro questões apresentam-se como principais desafios nos serviços de Urgência e Emergência na APS. Seriam elas: a pouca capacitação dos profissionais, indisponibilidade de materiais e medicamentos necessários, falta de locais adequados para prestar o atendimento e a não integração da APS com os demais serviços da rede de Urgência e Emergência. A partir dos resultados verificados, é notória a importância de voltar o foco às dificuldades enfrentadas pelos profissionais, visando uma melhora na qualidade do serviço prestado, como também maior domínio sobre esse tipo de cuidado.