Introdução: A violência obstétrica durante o parto refere-se a práticas desumanas realizadas pela equipe de saúde que acompanha a parturiente durante esse período, caracterizando-se pela violência física, psicológica ou moral. Os profissionais de saúde possuem estreita relação com a reprodução dessa realidade, seja pela realização de intervenções desnecessárias como cesarianas, pela ausência de comunicação adequada ou pela falta de consentimento da gestante ao reproduzir práticas invasivas. Objetivo: Analisar os materiais da literatura científica em relação ao papel da enfermagem na prevenção da violência obstétrica durante o trabalho de parto. Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura baseada nos dados presentes na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de abril (2024) a junho (2024), através dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Violência obstétrica”, “Parto humanizado” e “Enfermagem”, fazendo uso da combinação do operador boleano “AND”. Foi utilizado como critérios de inclusão os artigos completos nos idiomas de português, espanhol e inglês, sendo eliminados aqueles que não abordavam a temática do trabalho estudado. Resultados e discussão: A busca no portal resultou em 41 artigos encontrados. Após a aplicação dos critérios de seleção e a leitura dos textos na íntegra, 7 pesquisas foram incluídas para a análise. Com base nesses dados, é possível observar um alto índice de práticas desumanas realizadas durante o parto por profissionais que deveriam oferecer um cuidado integral e adequado para as parturientes. É necessário que, durante a capacitação profissional, a equipe de enfermagem construa uma sensibilização paralelo à comunicação respeitosa com as parturientes. A oferta de boas práticas profissionais que respeitem o corpo e o processo da mulher são essenciais para reverter a ocorrência de violência obstétrica e garantir a formação de enfermeiros capacitados para realizarem um parto humanizado e que respeite os direitos humanos. Considerações finais: Percebe-se, pois, a necessidade de uma educação contínua, para que assim os profissionais consigam oferecer uma assistência centrada na segurança do paciente e na humanização do parto, além do monitoramento constante acerca desse tipo de violência nas instituições de saúde. Essas medidas são intervenções essenciais para que a reprodução dessa violência torne-se inexistente, promovendo o bem-estar da mãe e do bebê.