INTRODUÇÃO: O uso de drogas representa um desafio significativo para a saúde pública, exacerbado pelo fato das mulheres continuarem a consumi-las durante a gravidez. Este comportamento compromete a saúde materna, colocando em risco a saúde dos neonatos, contribuindo para a emergência da Síndrome de Abstinência Neonatal(SAN). OBJETIVO: Descrever a Síndrome de Abstinência Neonatal e identificar as intervenções de enfermagem. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica de natureza teórica, com finalidade descritiva por meio de procedimento documental, artigos e bibliográficos, com conteúdo coletado das bases de dados: SciELO, LILACS e BVS. Selecionando artigos dos últimos 5 anos e utilizando Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em cruzamento com operadores booleanos AND, “Enfermagem”, “Abstinência” e “Recém Nascido”. RESULTADOS: O diagnóstico de SAN é principalmente clínico e complexo, sendo difícil diferenciar os sinais neonatais de abstinência dos resultantes de distúrbios infecciosos ou metabólicos, como sepse ou hipoglicemia, pode ser realizado o diagnóstico com base no relato de dependência de drogas pela mãe e nos resultados da aplicação do Índice de Finnegan(IF), que é uma escala criada para avaliar o grau de abstinência em RNs logo após o parto. É obtido em amostras biológicas realizadas através da urina, mecônio, líquido amniótico, cabelo e unhas da mãe ou RN. Ao cuidar do RN com SAN, o enfermeiro deve estar preparado para detectar os sinais confundidores da abstinência, e antes de começar o tratamento descartar a possibilidade de infecções e outras alterações metabólicas neonatais que são mais comuns como: hipocalcemia, hipomagnesemia, hipoglicemia, hipotermia, hipertireoidismo, hemorragia do SNC e anoxia. Todas estas são distúrbios que assemelham-se ou podem estar presentes na abstinência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para mitigar os impactos da Síndrome de Abstinência Neonatal, é essencial implementar programas de educação e suporte para gestantes vulneráveis ao uso das drogas. O papel crucial dos enfermeiros na detecção precoce, manejo especializado e cuidados intensivos é fundamental para garantir o bem-estar dos neonatos afetados. Investir em capacitação contínua e recursos adequados para os profissionais de saúde é uma estratégia promissora para enfrentar esse desafio complexo e melhorar os resultados de saúde para as futuras gerações.