Introdução: O protocolo para consulta de enfermagem de prematuros após alta hospitalar foi desenvolvido para apoiar os enfermeiros de serviços ambulatoriais de seguimento e enfermeiros da atenção primária para prestar uma assistência de enfermagem mais qualificada e específica para atender as necessidades dos prematuros e suas famílias. Porém é essencial conferir se esse protocolo apresenta conteúdo relevante e adequado, bem como informações úteis com linguagem compreensível na perspectiva dos enfermeiros que o utilizarão. Objetivo: Identificar evidências de validade de um protocolo para consulta de enfermagem de prematuros após a alta hospitalar. Método: Realizou-se um estudo metodológico de validação de protocolo. Para validação do conteúdo, foram incluídos enfermeiros com experiência de, no mínimo, um ano em neonatologia, selecionados por meio do currículo lattes. Os juízes analisaram o protocolo e registraram sua avaliação guiados pelo instrumento Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation II (AGREE II), o qual contém seis domínios: escopo e finalidade; envolvimento das partes interessadas; rigor do desenvolvimento; clareza da apresentação; aplicabilidade; independência editorial. Em seguida foi realizada a validação semântica com o público alvo, na qual foram incluídos enfermeiros atuantes na atenção primária à saúde do Distrito Federal. A participação deles ocorreu por meio do mesmo instrumento aplicado aos juízes. Resultados: Na validação de conteúdo participaram 11 juízes, sendo 3 doutores, 4 mestres, 3 especialistas e 1 graduado. O protocolo obteve na avaliação dos juízes uma nota global de 70% de aprovação plena e 30% de aprovação com modificações. Na análise por domínio, obteve-se uma média de 78% de concordância plena. A partir da análise das respostas dos juízes, foram realizadas as adequações no protocolo. Na validação semântica, participaram 30 enfermeiros da atenção primária à saúde. Obteve-se assim, na avaliação global, uma taxa de aprovação plena de 93,3% e 6,7% de aprovação com modificações. Na análise por domínio, obteve-se uma média de 94,2% de concordância plena. Considerações finais: O protocolo apresentou evidências de validade satisfatórias, demonstrando que ele pode ser considerado como uma ferramenta adequada para ser aplicado na prática assistencial em serviços ambulatoriais de seguimento de prematuros e na atenção primária à saúde, podendo também ser adaptado para uso em outras localidades.