Introdução: O autocuidado é uma prática essencial para o controle glicêmico, pois previnem complicações graves e melhoram a qualidade de vida, reduzindo sintomas e hospitalizações. Além disso, o autocuidado empodera os pacientes, aumentando sua confiança e eficácia na gestão da doença, principalmente nas condições crônicas. Objetivo: Caracterizar os usuários com Diabetes Mellitus (DM) atendidos na Estratégia Saúde da Família (ESF) e descrever os conhecimentos sobre autocuidado. Método: Estudo do tipo transversal, descritivo de abordagem quantitativa, realizado em 3 ESF do município de Rondonópolis, Mato Grosso. A amostra do estudo consiste em usuários com diagnóstico confirmado ou autorreferido de DM. Foram utilizados critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos e comparecer à ESF nos dias de coleta de dados. Foram excluídos usuários que não apresentaram condições de verbalização para responder à pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário estruturado para caracterização sociodemográfica, além de conhecimentos acerca do autocuidado. Os dados foram analisados com frequências relativas. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob número do parecer 5.914.690 e obteve-se a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos participantes. Resultados/discussão: Responderam ao questionário 12 usuários com faixa etária de 33 a 80 anos. Prevaleceram usuários do sexo feminino (83,33%), idosos (33,33%), pardos (58,33%), casados (50%), ensino médio completo (41,67%) e renda familiar mensal até 1 salário mínimo (50%). Quanto à saúde e aos conhecimentos sobre autocuidado, não tabagistas (83,33%), não etilista (75%), não praticam atividade física (41,67%), estão com sobrepeso (41,67%), alimentam-se de forma saudável (66,67%) e desconhecem o significado de autocuidado (50%). Considerações finais: Os dados revelam informações importantes sobre o perfil e conhecimento dos usuários com DM, acerca do autocuidado. Reflete uma possível maior adesão das mulheres aos serviços de saúde, além de sugerir influência de um contexto socioeconômico quanto à prática do autocuidado. Verificou-se dados positivos para o controle do DM, no entanto nota-se uma lacuna significativa para com o conhecimento do seu próprio cuidado. Portanto, faz-se indispensável a atuação da ESF no desenvolvimento de educação em saúde focadas na promoção do autocuidado para essa população, de forma acessível e compreensível a todos.