INTRODUÇÃO: A Inteligência Artificial (IA) refere-se ao desenvolvimento de sistemas de computadores que possuem a capacidade de realizar tarefas que requerem a inteligência humana. Alguns sistemas e programas estão sendo inseridos na saúde para compor diagnósticos mais precisos, personalizar tratamentos e processar dados clínicos. A enfermagem tem incluído o uso das novas tecnologias para auxiliar na prestação de cuidados compassivos focados na pessoa e na família. OBJETIVO: Explorar na literatura o uso da inteligência artificial na prática da enfermagem. MÉTODO: Trata-se de uma revisão da literatura, realizada em junho de 2024, por meio da plataforma Pubmed Central (PMC). Foram utilizados os descritores do Medical Subject Headings–MeSH: “Nurses”, “Artificial Intelligence” e “Technology”, combinados com o operador booleanos “AND”. Adotou-se os critérios de inclusão: textos completos, dos últimos cinco anos. Foram excluídos artigos de revisão, tese, dissertações e monografias. RESULTADOS: Foram encontrados 204 artigos na base de dados e excluídos 181 após leitura dos títulos e resumos. Dos 24 artigos, realizou-se uma leitura minuciosa e aplicou-se os critérios de elegibilidade. Nove restaram na amostra final. A integração da inteligência artificial na prática de enfermagem tem evidenciado o seu potencial impacto. Estudos indicam que essas novas tecnologias estão cada vez mais aptas a assumir tarefas antes realizadas exclusivamente por profissionais da área. Vale destacar que essas mudanças não visam substituir, mas complementar o papel dos enfermeiros a fim de obter experiência clínica, bem como os processos envolvidos na coordenação do cuidado e promoção do bem-estar dos pacientes. Para que a tecnologia e o cuidado humano coexistam, além do apoio de organismos de financiamento, é necessário conhecimento técnico atualizado e habilidades sistematizadas preparando o enfermeiro para integrar a IA de forma ética e responsável na assistência ao paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A integração da IA na enfermagem tem potencial de transformar a prática ao se complementar com as funções do enfermeiro ao melhorar a experiência clínica e otimizar a prestação do cuidado. Profissionais devem desenvolver habilidades técnicas e éticas para essa relação eficaz. A educação contínua e integração dessa temática nos cursos da saúde são cruciais para preparar enfermeiros para atingir níveis mais elevados da profissão e melhoria da saúde populacional e global.