Introdução: A prática da enfermagem é cercada por dilemas éticos. Enquanto a autonomia do paciente lhe garante o direito de tomar decisões sobre seu próprio cuidado, o princípio da beneficência orienta os enfermeiros a agir para o melhor interesse do paciente, conduzindo suas ações com base em seu conhecimento. Aliar autonomia e beneficência pode ser um dilema, compreendê-los e gerenciá-los é essencial para garantir a integridade ética na enfermagem. Objetivo: Analisar os principais desafios éticos enfrentados pelos profissionais de enfermagem ao equilibrar a autonomia do paciente e o princípio da beneficência. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada em junho de 2024. A busca dos artigos ocorreu na base de dados da BDENF (Base de dados em Enfermagem), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Utilizando os seguintes descritores: "enfermagem", "dilemas éticos” e “autonomia’’. Foram encontrados 7 artigos originais nos idiomas inglês, espanhol ou português. Resultados/Discussão: É evidente que a prática de enfermagem é permeada por complexos dilemas éticos, principalmente em cuidados paliativos e em ambientes como centros cirúrgicos, à exemplo, quando há recusa de um tratamento por um paciente terminal e os profissionais devem decidir entre prolongar a vida deste, obedecendo o princípio da beneficência, ou realizar a sua vontade, respeitando a autonomia do paciente. Estes são originados de imbróglios no ambiente de trabalho como relacionamentos interpessoais desafiadores e a constante escassez de recursos. Os enfermeiros relatam ainda que enfrentam dificuldades na identificação e manejo desses dilemas, mas suas decisões são guiadas por princípios deontológicos e bioéticos, equilibrando os princípios de autonomia e beneficência. Considerações Finais: A valorização do cuidado ético se destaca, com estratégias direcionadas para facilitar a comunicação empática e garantir a expressão da vontade do paciente. A sensibilidade frente à questões de dependência e vulnerabilidade humana é crucial, promovendo uma prática que respeite os direitos dos pacientes e mantenha a integridade profissional dos enfermeiros frente aos desafios éticos cotidianos.