Introdução: Queimaduras são traumas ocorridos devido acidentes por exposição térmica, elétrica ou química podendo gerar sequelas que impactam na qualidade de vida do indivíduo. A enfermagem presta assistência ao paciente desde a admissão intra-hospitalar até sua recuperação. A Resolução Cofen n° 567/2018 salvaguarda o enfermeiro quanto sua participação na avaliação, seleção e indicação de tecnologias para o tratamento de pessoas com ferida. A pele da tilápia surge como um subproduto, apresentando peptídeos com propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antibacterianas no tratamento de queimaduras. Objetivo: Descrever os benefícios do uso da pele de tilápia no tratamento de queimaduras, bem como o papel da enfermagem frente a sua implementação. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed, BVS e Lilacs, utilizando-se a combinação dos descritores “tilápia do Nilo”, “enfermagem” e “queimaduras” como descritores em Ciências da Saúde (DeCS) conectados ao operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram: artigo publicados em português, de ano 2020 a 2024, apresentarem temática coerente com o tema abordado, estarem disponíveis na íntegra e gratuitamente nas bases selecionadas. Já os critérios usados para exclusão foram: artigos duplicados, fora da lacuna temporal estabelecida, em língua estrangeira, e com conteúdo que não tinham aproximação com o tema e que não tinham acesso gratuito na base. Primeiramente, foram lidos os resumos e, em seguida, os textos completos para sintetizar os resultados. Resultados: O curativo com pele de tilápia apresenta uma boa aderência no leito da ferida, resultando na proteção do ferimento e diminuição da troca de curativos. O enfermeiro deve realizar a avaliação do grau da lesão, antes da sua aplicação, onde a tilápia deve ser lavada com soro fisiológico durante cinco minutos por três vezes para a retirada do glicerol. Em seguida, o enfermeiro realizará a aplicação na queimadura com sobreposição de 1 a 2 cm a mais que a borda. Por fim, deverá ser aplicado um curativo secundário oclusivo. Conclusão: A pele de tilápia conta com características próprias sendo elas a capacidade antimicrobiana, o controle da hidratação da área afetada, e capacidade de reduzir as cicatrizes dessas lesões. A enfermagem é essencial frente as condutas ao paciente uma vez que é responsável pela avaliação da ferida, aplicação dos curativos, troca de curativos, e retirada do mesmo.