INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto é uma emergência obstétrica definida pela perda sanguínea superior a 500 ml nas primeiras 24 horas após o parto vaginal e 1000 ml após a cesariana. As causas são divididas em quatro categorias: Tônus, Trauma, Tecido e Trombina (regra dos 4-T). Esta é uma das principais causas da mortalidade materna no mundo, sendo que no Brasil é a segunda causa direta dos índices de mortalidade nessa categoria. Por ser um indicativo de choque, essas perdas sanguíneas necessitam de intervenção imediata. OBJETIVO: Relatar a experiência de discentes na assistência de enfermagem na hemorragia pós-parto no centro de parto do Hospital Universitário. MÉTODO: Relato de experiência de acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, durante estágio de Saúde da Mulher no período de junho de 2024, no Centro de Parto do Hospital Universitário Materno Infantil, em São Luís. Sob supervisão docente, buscou-se observar as condutas no manejo da hemorragia pós-parto, bem como o tratamento medicamentoso e a função da equipe diante da emergência. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Durante a hemorragia pós-parto por atonia uterina, observou-se uma evolução para choque hipovolêmico. O manejo realizado pelas estagiárias, em conjunto com a equipe, incluiu quantificação da perda sanguínea por compressas, massagem uterina, infusão de ocitocina em soro glicosado e hemocomponentes, aquecimento, oxigenoterapia e monitorização dos sinais vitais. A equipe demonstrou rapidez e eficiência na estabilização da hemorragia pós-parto e adoção de práticas em tempo oportuno para evitar complicações do choque hipovolêmico. A experiência foi positiva permitindo aprendizado prático, desenvolvimento de habilidades clínicas, trabalho em equipe, tomada de decisão rápida e compreensão mais profunda das complexidades do cuidado obstétrico de emergência. O treinamento contínuo e o aprimoramento dos protocolos de emergência são essenciais para melhorar o manejo eficaz da hemorragia pós-parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A equipe de enfermagem deve permanecer vigilante aos riscos no período puerperal, identificando precocemente sinais de alerta. É crucial manter conhecimento atualizado e seguir protocolos de emergência para garantir um cuidado de qualidade, com acolhimento e orientação às necessidades das puérperas. Essas vivências não representam apenas um marco em nossa carreira profissional, mas também no futuro da saúde materna, promovendo um sistema de saúde mais forte e resiliente.