Introdução: A pele, maior órgão do corpo humano, desempenha funções vitais e está sujeita a lesões por fatores químicos ou físicos. Processos terapêuticos são realizados para recuperar o tecido danificado e suas funções, a restauração da pele envolve três fases celulares complexas: Inflamatória; Proliferativa; Maturação. O uso de plantas medicinais e fitoterápicos é uma prática milenar, atuando como ponte entre cultura, saúde e economia. Sua aplicação é variada e sua eficácia deve-se às propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes de seus fitocompostos. Objetivo: Analisar pesquisas científicas sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de lesões de pele em seres humanos, avaliando os benefícios funcionais e econômicos. Método: O estudo possui caráter bibliográfico e natureza descritiva. Utilizou-se a estratégia PICO (Problema, Intervenção, Controle e Outcome). A amostra foi composta de 22 artigos dos últimos 10 anos (2018- 2023) em português, inglês e espanhol, com descritores selecionados no DeCS/MeSH utilizando os termos “Ferimentos e lesões” AND “Plantas medicinais” AND “Cicatrização” nas bases de dados: (BVS), (CAPES), (LILACS), (ScIELO) e MEDLINE/PUBMED. Resultados e Discussão: Diante da análise, compreendeu-se que as plantas medicinais e fitoterápicos são eficientes cicatrizantes por sua ação multi-terapêutica. Espécies recorrentes nos estudos, especialmente no Brasil, incluem a Hypericum perforatum, Calendula officinalis, e a A.vera que por exemplo, possui um amplo uso e age estimulando a síntese de colágeno, proliferação de fibroblastos e ação anti-inflamatória. Os tratamentos convencionais e inovações na área são inacessíveis devido a custos elevados e a distância, tornando as plantas medicinais uma alternativa viável, promovendo a apropriação do conhecimento popular como estratégia na criação do vínculo profissional-paciente e o autocuidado em populações vulneráveis. Conclusão: O estudo revela os benefícios do uso de plantas medicinais e fitoterápicos na cicatrização de ferimentos e lesões, assim como a maior aceitação pelos usuários devido a facilidade de acesso, sua aplicabilidade prática, reduzido custo e busca por terapias com efeitos adversos reduzidos. Contudo, é essencial a orientação sobre possíveis efeitos indesejados de produtos naturais, sendo crucial a avaliação pelo profissional de enfermagem, possibilitando o protagonismo e autonomia do paciente em sua terapêutica.