INTRODUÇÃO: O enfermeiro é um dos responsáveis por acompanhar a mulher durante todo o ciclo gravídico-puerperal. Sendo assim, a gestação, para além da vivencia da mulher cisgênero, adorna a vida de homens trans, por isso, é vital a qualificação adequada da equipe de enfermagem, afim de que seja possível compreensão das particularidades do gestante. OBJETIVO: Analisar os achados científicos que abordam a assistência de enfermagem de homens trans em gestação, e as suas necessidades no atendimento. METODOLOGIA: O estudo é uma revisão integrativa de literatura, o qual utilizou-se a base de dados “Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)”, bem como os seguintes descritores: “Pessoas Trans”, “Gravidez” e “Enfermagem”, além disto, foi utilizado o operador booleano “AND”, e como critérios de inclusão: textos publicados nos últimos 5 anos, em português, texto completo para leitura, sendo a busca efetuada em junho de 2024. RESULTADOS: Assim, foram identificadas 2 produções científicas na temática. O estudo de Mascarenhas identificou que os homens trans gestantes mostram conflitos com mudanças corporais vindas da gravidez, cenário que culmina em intenso sofrimento psicológico e risco para a saúde física do gestante e do bebê. Logo, observa-se a integração de cuidados com a saúde mental como crucial no período gestacional. A falta de educação permanente para profissionais enfermeiros, especialmente no campo da obstetrícia, provoca o comprometimento da qualidade do atendimento desse grupo. A tese de Pereira, aborda sobre como a transição é uma mudança no nível da saúde, que exige alteração no comportamento individual. Para homens trans, a transição é dupla, haja vista que lidam com a incongruência de gênero e com a gravidez. Esse cenário incorpora mudanças rigorosas, e precisam do enfermeiro na realização de estratégias para a melhora da qualidade de vida do paciente. Além disso, a disforia , o isolamento e depressão no pós-parto, além de problemas na rede de saúde, pela falta de atendimento perinatal decente, são dificuldades de homens trans grávidos. Assim, é certo como os enfermeiros precisam de formação em sensibilidade transgênero, a fim de serem aptos a fornecerem o suporte adequado a esse grupo. CONCLUSÃO: Então, conclui-se que corpos trans enfrentam obstáculos ao prosseguir a gestação, a exemplo da violência social e obstétrica no sistema de saúde. Logo, é preciso capacitar enfermeiros para melhora dos serviços desde o pré-natal até o período puerperal.