Introdução: o monitoramento remoto de pacientes cardíacos pelo uso de dispositivos vestíveis está em rápido crescimento, permitindo um acompanhamento contínuo e em tempo real da saúde cardiológica. Nesse cenário, o uso de Inteligência Artificial (IA) em aplicativos nos dispositivos vestíveis estão proporcionando análise de variáveis como frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e padrões de atividade física com vistas em perceber arritmias cardíacas e alterações pressóricas como indicadores de risco cardiovascular. Objetivo: analisar as contribuições da IA associada a dispositivos vestíveis no monitoramento remoto de pacientes cardíacos, presentes na literatura. Metodologia: foi realizada revisão de literatura utilizando a seleção de artigos sobre IA e dispositivos vestíveis. Foram selecionados materiais presentes na BVS e SciELO, utilizando “monitoramento remoto” AND “pacientes cardíacos” AND “Inteligência Artificial” AND “dispositivos vestíveis” como termos chave. Os materiais foram analisados quanto ao conteúdo, relevância para o estudo e contribuições na área da saúde cardíaca. Resultados: a literatura revela que a aplicação da IA no paciente cardíaco é possível para diagnóstico cardiovascular, predição de eventos cardíacos, interpretação de eletrocardiogramas (ECG), de forma oportuna. O monitoramento remoto possibilita tratamento personalizado, sobretudo quando utiliza de algoritmo que assimila as especificidades do paciente e detecta precocemente eventos adversos. A sua utilização ainda encontra entraves no que diz respeito às questões éticas de segurança, pela privacidade do uso de dados e a transparência na interpretação dos mesmos pelos algoritmos da IA. Conclusão: o uso de dispositivos vestíveis para acompanhamento remoto de pacientes cardíacos tem demonstrado eficácia na melhoria da assistência, tratamento personalizado, diagnóstico e previsão de eventos adversos de forma precoce. Essas medidas possuem potencial para otimizar a precisão dos tratamentos e melhorar os resultados na qualidade de vida, embora ainda precise consolidar questões éticas e de regulamentação de seu uso.