Introdução: a enfermagem é considerada uma profissão estressante que se expõe a riscos ocupacionais, como: fragmentação de tarefas, relações interpessoais fragilizadas, hierarquias inflexíveis, provimento de pessoal inadequado, absenteísmo elevado, condições precárias de trabalho, sobrecarga laboral, baixos salários, insatisfação profissional e sentimentos de perda, sofrimento e morte. Tais estressores, isolados ou concomitantes, podem gerar adoecimento e como consequência o consumo de medicamentos. Objetivo: identificar as possíveis associações entre o estresse e o uso de medicamentos em enfermeiros hospitalares. Método: estudo transversal, quantitativo, exploratório, correlacional, realizado com 221 enfermeiros efetivos em três hospitais universitários localizados na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. O estresse foi avaliado mediante uso do Inventário de Estresse em Enfermeiros (IEE). A pesquisa respeitou os preceitos éticos e legais, estando em observância à Resolução 466/12, sob CAAE 07293218.7.0000.5192. Resultados: o estresse não esteve associado ao uso de medicamentos da classe dos hipotensores (0,738), ansiolíticos (0,703), e antidepressivos (0,443). Conclusão: embora os enfermeiros estejam expostos a diversos riscos ocupacionais e o consumo de medicamentos faça parte da rotina de alguns desses profissionais, não houve relação com o estresse, o que por sua vez sugere que os mesmos estão fazendo uso de estratégias de coping para lidar com as adversidades inerentes ao exercício da profissão.