INTRODUÇÃO: O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), através da Resolução COFEN Nº 423/2012, estabelece diretrizes para a participação do enfermeiro na triagem de pacientes em unidades de emergência. O primeiro artigo da resolução determina que a responsabilidade pela triagem e priorização do atendimento em serviços de urgência cabe exclusivamente ao enfermeiro dentro da equipe de enfermagem. O uso do Protocolo de Manchester é destacado como uma ferramenta essencial para a avaliação dos pacientes, desempenhando um papel crucial na garantia de um atendimento humanizado e ágil, assegurando a prestação de serviços apropriados face aos riscos associados às doenças e aos serviços de emergência. OBJETIVOS: Analisar a relevância do protocolo Manchester e suas repercussões na estruturação da prestação de cuidados de enfermagem nas unidades de emergência. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo exploratório, configurado como uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi conduzida utilizando as bases de dados BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAUDE (BVS), BCENF, LILACS e Google Acadêmico, empregando os termos de busca: “Serviços Médicos de Emergência/Emergency Medical Services”, “Classificação de Risco/Risk Assessment”, “Enfermagem/Nursing”, nos idiomas português e inglês. Os critérios de inclusão estabelecidos foram: disponibilidade do texto completo, publicação entre 2014 e 2024, nos idiomas inglês e português. Artigos duplicados, indisponíveis ou fora do escopo temático foram excluídos. A amostra final consistiu de 16 artigos. RESULTADOS: Os resultados do estudo indicaram que o protocolo de Manchester proporcionou segurança e qualidade na prática dos enfermeiros, melhorando o atendimento em urgências e emergências. No entanto, é crucial implementar estratégias para reorganizar o fluxo de classificação de risco e reduzir os tempos de espera, especialmente para pacientes de alta prioridade. Além disso, a qualificação da equipe e sua experiência prévia em situações de urgência e emergência são fundamentais para o sucesso no atendimento, em diferentes fases e níveis de complexidade.CONCLUSÃO: Portanto, pode-se inferir que o Protocolo de Manchester desempenha um papel crucial na orientação das práticas dos enfermeiros na avaliação do estado de saúde dos pacientes, além de facilitar a humanização do atendimento ao diferenciar e classificar o nível de urgência de cada indivíduo.