Introdução: A toda mulher deve ser destinado por direito uma assistência de saúde digna e de maneira respeitosa, porém o cenário de parto nas instituições de saúde reverberam um desrespeito aos direitos das mulheres, em que são praticados atos de abusos e maus tratos à parturiente; algumas mulheres retratam esse momento que deveria ser único, como perturbador. Objetivo: Analisar as práticas do enfermeiro obstetra no pré-natal e na sala de parto que possam reduzir os índices de violência obstétrica. Método: Realizou-se revisão integrativa nas bases de dados Lilacs e BDENF. Para delimitar a busca utilizou-se os DeCS “Violência Obstétrica”, “Enfermagem Obstétrica” e “Parto Humanizado”. A pesquisa foi refinada através dos critérios de inclusão: texto completo, português, inglês e publicações nos últimos 5 anos, resultando em um total de 512 publicações. Após análise dos textos, obteve-se corpus amostral de 5 artigos. Discussão: A partir da análise da literatura pode se observar que o acesso à saúde e informação durante a gestação são imprescindíveis para um bom desfecho durante e após o parto, pois permitem a mulher compreender quais os seus direitos e reconhecer os sinais de violência ou negligência por parte da equipe de saúde. Ao enfermeiro obstetra compete prestar assistência sendo a sua prioridade a saúde materno-infantil, atuando no pré-natal, parto e pós-parto. O profissional habilitado e capacitado pode intervir em situações de violência, oferecendo previamente a escuta ativa, criação/fortalecimento de vínculo e educação em saúde durante o pré-natal, além de oferecer soluções não farmacológicas para alívio da dor durante o trabalho de parto. Considerações finais: A atuação do profissional da enfermagem obstétrica é guiada por um processo de trabalho que dispensa uma assistência individualizada e sistematizada, e que diante disso auxilia na promoção da saúde e prevenção de agravos à saúde do usuário. A enfermagem é tida como a ciência do cuidar, possibilitando uma visão holística da mulher gestante desde o pré-natal até o pós-parto, considerando as necessidades de saúde que são apresentadas, rompendo o modelo biomédico e devolvendo o protagonismo à mulher.