Introdução: O Diabetes Mellitus é uma epidemia mundial que impacta aproximadamente 10,5% da população adulta entre 20 e 79 anos, ainda, há estimativa de que muitas pessoas não têm ciência que possuem a doença. A equipe de enfermagem conduz consultas para promover o autocuidado e reduzir o risco de complicações graves. Nesse contexto, a relação entre usuário e enfermeiro é essencial para facilitar o tratamento e melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes mellitus. Objetivo: Relatar as experiências de estudantes de enfermagem, auxiliares de pesquisa no atendimento a pessoas com diabetes mellitus. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR) durante o auxílio na coleta de dados de pesquisa, com enfermeiro estomaterapeuta em atendimentos aos usuários com diabetes mellitus, da Região Metropolitana de Curitiba, entre os meses de novembro de 2023 a abril de 2024. Resultados/discussão: Os estudantes se envolveram em diversas etapas do atendimento. As consultas tinham objetivo de coleta de dados para elaboração de uma pesquisa de doutorado, os alunos apoiaram a ação por meio de agendamento telefônico com os usuários e realização da consulta na UBS e domicílio. Os atendimentos envolveram anamnese e exame físico, contemplando avaliação dos pés – com inspeção dermatológica, de deformidades ósseas e de neuropatia – usando monofilamentos de 10g e diapasão de 128 Hz e avaliação arterial para investigação de doença arterial periférica, por meio do Índice Tornozelo-braquial. A experiência proporcionou o desenvolvimento de habilidades com coleta de dados, inserção na pesquisa científica, raciocínio clínico e crítico e aprimoramento na realização de exame físico. Além disso, estimulou a autonomia e o olhar holístico, tendo relevância para a futura atuação profissional, bem como a importância da autonomia do enfermeiro no processo do cuidar. Considerações finais: A oportunidade garantiu a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão, permitindo a integração entre o meio acadêmico e a comunidade. Ademais, proporcionou a experiência da prática profissional do enfermeiro ao demonstrar o impacto das ações de prevenção de agravos à saúde, refletidos na orientação para o autocuidado. Assim, permitiu compreender a individualidade dos usuários com tendência ou não à disposição para a mudança de estilo de vida relacionados aos fatores biopsicossociais envolvidos no enfrentamento do DM.