Introdução: A violência obstétrica é um tipo de violência de gênero que ocorre durante o período gravídico-puerperal ou abortamento, podendo se manifestar através da omissão, negligência, e realização de intervenções sem consentimento ou evidências científicas, principalmente no ambiente institucional, colocando em risco a saúde materno-fetal. Nesse contexto, é necessário medidas para prevenir esta problemática e assegurar os direitos da mulher. Objetivo: Analisar como a enfermagem pode atuar na prevenção da violência obstétrica, explorando as principais estratégias e intervenções. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em junho de 2024 nas bases de dados BDENF, SciELO, e LILACS, utilizando os descritores “Enfermagem”, “Violência obstétrica” e “Humanização da Assistência”, combinados com o Operador Booleano “AND” nos campos de busca. Foi estabelecido como critérios de inclusão estudos publicados entre os anos de 2019 e 2024, no idioma português, e guiados pela questão: “Como a enfermagem pode atuar na prevenção da violência obstétrica?”. Resultados: Após a realização da busca, 09 artigos foram selecionados. Diante disso, observou-se que para prevenir a violência obstétrica, a assistência de enfermagem deve ser respaldada pelo acolhimento, escuta ativa, orientação sobre os direitos da mulher e suporte emocional desde o pré-natal. Além disso, a capacitação profissional, adoção de práticas baseadas em evidências, educação em saúde e o uso de tecnologias de informação são algumas das estratégias utilizadas para garantir o protagonismo da mulher durante o cuidado obstétrico. Ademais, é imprescindível que haja fiscalização e correção da prática profissional, e que a denúncia seja realizada quando ocorrer qualquer tipo de violação contra o direito reprodutivo e a autonomia da mulher. Conclusão: A equipe de enfermagem apresenta maior proximidade e vínculo durante toda assistência obstétrica e a sua atuação através da educação em saúde e intervenções adequadas é muito importante, pois além de promover saúde e empoderar mulheres, diminui o risco de violência obstétrica. Perante o exposto, é imprescindível a capacitação desses profissionais e uma formação acadêmica pautada na ética e no respeito.