Introdução: O envelhecimento da população mundial representa um ganho para os países, mas traz consigo grandes desafios no cuidado deste público. As alterações decorrentes dessa fase da vida podem acarretar redução do controle postural, desequilíbrio da marcha, resultando em quedas, além de declínio das funções cognitivas. Essas alterações podem comprometer a capacidade funcional desses indivíduos. Uma alternativa necessária e recomendada no cuidado de pessoas idosas é o olhar multiprofissional, considerado fundamental na prevenção de complicações, identificação de agravos e promoção da saúde. Dentre os profissionais de saúde, o enfermeiro desempenha papel essencial nesse processo de cuidado geronto-geriátrico. Objetivo: Relatar experiência de oficina para estimulação da psicomotricidade de pessoas idosas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de oficina realizada por membros da Liga Acadêmica de Neuroanatomia Clínica e Antropologia Forense (LINECAF) composta por 11 alunos dos cursos da saúde (enfermagem, odontologia, farmácia e fisioterapia) com 10 idosos que participam de ações em uma Organização não Governamental em Fortaleza, Ceará. Iniciou-se a oficina com a apresentação entre estudantes e idosos, sucedida da explicação das atividades que seriam realizadas. Posteriormente, decorreu uma introdução teórica acerca da doença de Parkinson, seguida de roda de conversa sobre o assunto para esclarecer dúvidas e partilhar vivências do tema. Logo após, iniciou-se a parte prática da extensão, dividida em aquecimento com mobilidade das articulações, polichinelos com passadas laterais, flexão de quadril e dorsiflexão de tornozelo isométricos e agachamento, objetivando trabalhar a marcha, o equilíbrio e a força dos idosos. Por fim, deu-se a parte de estimulação cognitiva com jogos de memória e raciocínio, palavras cruzadas, desenhos para colorir, a fim de estimular a memória, o raciocínio, e coordenação motora fina. Resultado: Verificou-se que 9 dos 10 idosos concluíram todas as atividades, e que os idosos ativos tinham mais facilidade de realizá-las, apontando a necessidade de adequação individual e evolução na velocidade de resposta ao final da ativação da memória. Considerações finais: O suporte multiprofissional é essencial para o cuidado integral na saúde gerontológica, pois coletivamente é possível compreender melhor as problemáticas e desenvolver ações mais individualizadas e resolutivas.