Introdução: O desconforto respiratório do recém-nascido (RN) constitui uma das causas principais de internação, pois está associada à adaptação do neonato ao meio extrauterino, entretanto, é observável que essa condição é mais frequente em bebês nascidos antes da 28° semana de gestação. Desse modo, a administração da Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) possui o objetivo de promover a reexpansão pulmonar e suscitar efeitos fisiológicos, favorecendo o aporte de oxigênio através da melhoria da mecânica respiratória. Objetivo: Descrever aspectos da assistência de enfermagem ao recém-nascido submetido à terapia respiratória de pressão positiva contínua nas vias aéreas. Metodologia: Revisão de literatura realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) através dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS): Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas, Assistência de Enfermagem e Recém-nascidos. Foram incluídos artigos com textos completos, em português, inglês e espanhol de 2019 a 2024. Foram encontrados seis artigos, sendo selecionados três artigos para compor o escopo do trabalho, excluindo-se aqueles que não atendiam ao objetivo da pesquisa. Resultados: No que concerne ao plano de cuidados de enfermagem ao recém-nascido submetido à terapêutica do CPAP nasal, é imprescindível que ações sejam direcionadas para a prevenção de complicações, como: Medidas gerais de alimentação, controle de temperatura, imunização, hidratação, monitorização de oximetria e gasometria. Atentar-se para o posicionamento e tamanho adequado da pronga nasal, para evitar o surgimento de lesões no septo nasal, nem permitir folgas que podem levar ao escape de pressão, estabelecer o fluxo adequado do gás aquecido e umidificado, posicionar o bebê adequadamente, estimular a posição Canguru, mesmo com o bebê em uso de CPAP e promover avaliação constante são estratégias que visam a melhor adequação do circuito ventilatório. Conclusão: Em suma, constata-se que a assistência de enfermagem é de crucial importância para o bem-estar e boa evolução clínica do recém-nascido submetido à terapêutica respiratória. O enfermeiro como membro da equipe multiprofissional, deve incentivar e promover o treinamento do corpo de enfermagem através de orientações, sensibilização, demonstração e discussões clínicas acerca das boas práticas assistenciais ao RN submetido ao uso do CPAP nasal.