Introdução: No Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, existiram diversas instituições que assumiram a função de mantenedoras do cuidado de determinados indivíduos que estivessem impossibilitadas de permanecer junto à família de origem. Atualmente, esses serviços são denominados de Casa Lar, que oferecem acolhimento provisório, além de ser uma diligência de proteção, a qual objetiva promover amparo desses menores expostos a situações de vulnerabilidade e até mesmo temerárias, que possam comprometer suas vidas. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar a efetivação dos direitos destes, logo, os profissionais de saúde são responsáveis pela promoção, prevenção e cuidados de saúde dessa população. Objetivo: Relatar educação em saúde em uma casa de acolhimento institucional às crianças e adolescentes acompanhadas por uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) de um município maranhense. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, construído a partir da experiência dos estagiários de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e por uma Equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) no território adscrito do município de São José de Ribamar (MA). A vivência foi realizada no período de Janeiro de 2024. Resultados: Foi desenvolvida atividades de discussão sobre alimentação, avaliação ocular e Nutricional, Avaliação da situação vacinal e suplementação, além da entrega de material escolar, brinquedos e roupas. Após avaliação e cálculo de IMC, verificou-se que três crianças apresentaram “magreza grave”, um adolescente está com “sobrepeso” e os demais “saudável”. Além disso, foi prescrito Albendazol (dose única) para os dez indivíduos, Loratadina, Sulfato ferroso e Vitamina A para algumas crianças. Do total, seis apresentam situação vacinal completa e 4 possuem pendências. Considerações finais: As casas de acolhimento são de fundamental importância para a garantia da melhor qualidade de vida às crianças e adolescentes em situações vulneráveis. Dessa forma, foi imprescindível a observação da carência social afetiva e material das crianças, que diante da escuta das histórias de danos à vida e das situações de violência mencionadas por elas, constatou-se como essas experiências podem interferir na qualidade de vida e saúde desses indivíduos.