INTRODUÇÃO: O autocuidado é fundamental para pacientes com valvopatias, pois a qualidade de vida e os resultados do tratamento dependem dessas práticas no pós-operatório. A assistência de enfermagem deve capacitar o paciente para o autocuidado, seguindo os princípios de Dorothea Orem. OBJETIVO: Identificar as necessidades de autocuidado dos pacientes no pós-operatório de cirurgia valvar através da Teoria de Orem. MÉTODO: Estudo qualitativo, baseado em entrevistas semiestruturadas com pacientes submetidos à cirurgia valvar. O roteiro da entrevista foi desenvolvido pela pesquisadora e fundamentado na Teoria do Autocuidado de Orem. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 05683019.5.0000.5208). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na análise qualitativa, os relatos foram categorizados conforme os requisitos de autocuidado de Orem. Requisitos de Autocuidado Universais: Identificaram-se mudanças necessárias nos hábitos diários, influenciando o funcionamento físico. Relatos apontaram dificuldades em atividades como higiene pessoal e sexual, além da manutenção da ingestão adequada de alimentos ricos em vitamina K. Requisito de Autocuidado de Desenvolvimento: As adaptações necessárias no pós-operatório foram destacadas pelos pacientes. Relatos mostraram as mudanças na rotina e nas atividades diárias durante o período de recuperação. Requisitos de Autocuidado no Desvio de Saúde: A maioria dos participantes sabia informar sobre a cirurgia e o tipo de válvula implantada. No entanto, o motivo exato para a realização do procedimento nem sempre foi claramente especificado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A capacitação para o autocuidado é crucial para pacientes com valvopatias, influenciando diretamente a qualidade de vida e os resultados do tratamento. O estudo evidenciou a necessidade de mudanças nos hábitos diários e adaptações no pós-operatório, reforçando a importância da assistência de enfermagem baseada na Teoria de Orem.