INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) foi desenvolvido no Brasil como um sistema público universal e igualitário, administrado pelos três entes federativos e gerenciado pelo Ministério da Saúde, atendendo todas as demandas da população. Entretanto, existe uma dificuldade constante no trabalho dos profissionais da saúde, decorrente da administração ineficiente, que gera carência estrutural e de materiais necessários para oferecer uma assistência de qualidade. OBJETIVO: Identificar as repercussões das adaptações utilizadas pela enfermagem durante a assistência ao paciente. MÉTODOS: Revisão de literatura. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na base de dados do Google Acadêmico, de 2015 a 2023, no idioma português, por meio das palavras-chave: Enfermagem, improvisações e infraestrutura. RESULTADOS: A carência de recursos básicos e essenciais nas unidades de saúde e o sucateamento estrutural, impedem que os colaboradores exerçam o devido auxílio aos pacientes, se adequando as condições de trabalho que são impostas, ofertando um atendimento inadequado, contrário do proposto no Art. 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988. Nesse sentido, a Enfermagem é a profissão que acaba sendo a mais prejudicada, pois prestam cuidado contínuo ao paciente e nesse cenário buscam maneiras de improvisar os materiais no atendimento. Por um lado, é bom, porque incentiva a indústria produzir insumos hospitalares modernos, por exemplo as compressas para banho no leito que surgiram pelo uso de gazes e toucas. Já por outro lado, essas adaptações demonstram o descaso com a saúde pública e compromete a qualidade da assistência, visto que as alterações nos dispositivos reduzem a segurança do paciente, já que foram realizados estudos para confecção desses insumos. Logo, gera-se sobrecarga de trabalho, desgaste mental para a equipe e sintomas psicossomáticos de trabalho como: ansiedade, fadiga e estresse. CONCLUSÃO: Dado exposto, devem ser realizadas diversas mudanças para garantir um tratamento de saúde público digno, com unidades projetadas para a demanda populacional e infraestrutura adequada. Assim, os profissionais da enfermagem devem fazer adaptações apenas quando necessário aos pacientes com anatomia fora do padrão.