INTRODUÇÃO: O câncer de próstata se caracteriza por ser o mais frequente dentre a população do sexo masculino. As células que sofrem mutações começam a se proliferar desgovernadamente formando o tumor maligno que afeta a próstata. Em grande parte dos casos, esse câncer se desenvolve de forma mais lenta e assintomática, além disso, o estigma que o exame de toque retal carrega por parte dos homens dificulta ainda mais o diagnóstico. Nessa perspectiva, a doença tende a se desenvolver rapidamente, chegando a estágios avançados em pouco tempo. OBJETIVO: Apresentar o perfil epidemiológico de pacientes com câncer de próstata provenientes dos municípios da zona da mata pernambucana registrados em um Hospital Universitário (HU) de Recife nos anos de 2009 a 2019. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo que foi realizado em pacientes com câncer de próstata com idade igual ou superior a 18 anos no HU, cujo dados foram levantados pelo Registro Hospitalar de Câncer (RHC), entre o período de 2009 a 2019. A área de estudo foi composta pelos municípios da zona da mata de Pernambuco que possuem casos de câncer de próstata registrados. Estabeleceu-se como critérios de inclusão, pacientes com câncer de próstata, nascidos da Zona da Mata de Pernambuco, e que estavam presentes no banco de dados do RHC-HU entre 2009 a 2019. E foram excluídos pacientes que não apresentaram os nomes dos municípios. O estudo teve aprovação do comitê de ética em questão: 73432123.4.0000.8807. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O total do banco de dados coletado possui 1440 pacientes, destes, 212 cumpriam todos os critérios de inclusão. Os pacientes apresentaram perfil com idade superior a 66 anos, pessoas pardas, casadas, com baixa escolaridade, trabalhadores agrícolas, sem histórico de consumo de álcool, tabaco e familiares com câncer, com origem na cidade de Vitória Santo Antão. De acordo com a literatura, algumas variáveis que constam no perfil de indivíduo que tende a desenvolver câncer de próstata coincidem com o estudo, como por exemplo, homens com idade superior a 55 anos e baixa escolaridade. Por outro lado, há discrepâncias em relação à literatura existente. Aspectos como raça/cor e histórico de consumo de álcool e tabaco evidenciam estas divergências. CONCLUSÃO: Conclui-se que o estudo permitiu uma melhor compreensão de todo o perfil dos pacientes diagnosticados com esta patologia, corroborando a uma prestação de assistência ainda melhor à população destas cidades.