As Infecções Respiratórias Agudas (IRAs) são um conjunto de doenças que afetam as vias respiratórias e representam uma das principais causas de problemas de saúde em crianças, especialmente aquelas com menos de cinco anos. A Atenção Primária desempenha um papel crucial na detecção precoce e no tratamento das IRAs, visando evitar complicações graves e encaminhando casos que necessitam de cuidados especializados. Isso contribui para reduzir a incidência de internações hospitalares e óbitos infantis. O presente estudo busca verificar na literatura quais as estratégias na atenção básica para a prevenção de agravos das Infecções Respiratórias Agudas em crianças. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada em abril de 2024, realizada por meio das bases de dados Scientifc Electronic Library Online (SciElo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de dados de Enfermagem (BDENF), com a estratégia de busca: “Infecções Respiratórias AND Crianças AND Atenção Básica”. Incluiu-se textos completos, publicados em português, inglês e espanhol, do período de 2014 a 2024 que correspondiam com os descritores e se excluiu revisões, cartas, editoriais e artigos duplicados. Obteve-se uma amostra final de 8 artigos para o estudo. Uma das estratégias de prevenção é a promoção da vacinação completa contra doenças infecciosas, como a gripe e pneumonia, além de orientar os pais sobre práticas de higiene e etiqueta respiratória. O estímulo ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida também é fundamental, pois o leite materno oferece proteção contra infecções respiratórias. Além disso, destaca-se a um bom acolhimento, anamnese e orientação adequada sobre a criação de um ambiente saudável, livre de fumaça de cigarro e poluentes, que podem aumentar o risco de complicações. Existem desafios, como a alta demanda em algumas épocas do ano, o aumento da demanda que desfavorece o fluxo de atendimento rápido e eficaz; além de ressaltar a prescrição de antibióticos sem necessidade ou até mesmo uma desistência dos responsáveis diante desses medicamentos. Qualificar profissionais de saúde é necessário para identificar sinais precoces e garantir um manejo adequado. Além disso, a implementação de sistemas de vigilância e estudos de monitoramento complementa intervenções, visando a redução de casos e agravos das IRAs em crianças ainda na atenção básica evitando os encaminhamentos e internações hospitalares desnecessárias.