Introdução: As mães atípicas e cuidadoras de crianças com deficiência, podem passar a ser vistas como uma minoria e mal assistidas também, confrontando muitas vezes sozinhas a responsabilidade de vivenciar limitações que não são reconhecidas e quando elas cuidam demais do outro, acabam descuidando de si próprias. Objetivo: Trazer o relato da experiência dos alunos de enfermagem junto às mães atípicas de crianças com deficiência, durante as atividades de extensão universitária, atendidas no CER - Centro Especializado em Reabilitação, em Campina Grande/PB, sobre a diminuição ou ausência das mesmas na realização periódica de exames e/ou consultas com profissionais de saúde. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, cuja abordagem é qualitativa, baseada nas ações realizadas pelo projeto de extensão “Mães de menores com deficiência: a escuta e as orientações realizadas pelo enfermeiro no serviço”, da Universidade Estadual da Paraíba, Campus I, Campina Grande-PB. Resultados: Durante a participação do projeto de extensão, são realizadas inúmeras dinâmicas e diálogos dos alunos junto às mães das crianças atendidas no centro de reabilitação, durante os encontros, pode ser observado o constante relato dessas mulheres na ausência/diminuição de seu autocuidado individual, que vai desde a ausência de cuidados com sua beleza à passeios ocasionais para relaxar, mas o que se destaca é a omissão de cuidados com sua saúde, que se inserem desde meios de atenção psicológica à cuidados físicos/corporais, constando a ausência de exames direcionados anualmente a saúde das mulheres, até escassez de exercícios físicos e alimentação saudável. Considerações finais: A diminuição de periodicidade nos cuidados com a saúde gera riscos em rastreios de problemas como câncer de colo do útero e situações como ansiedade e depressão, que podem ser modificadas com ajuda de um profissional da saúde. A rotina tumultuada de atribuições que é a de uma mãe cuidadora, aliada à carência de rede de apoio, culmina em pouco tempo para cuidados a si própria. Portanto, torna-se evidente nos marcadores de saúde que a falha de cuidados a curto prazo não trás grandes efeitos, mas que a longo prazo essas insuficiências podem pôr em risco a saúde, isso se mostra no mesmo rumo para a população de mães atípicas se não houverem mudanças.