Introdução: Feridas causam desconforto e dificultam a recuperação de pacientes hospitalizados, exigindo longo período para a regeneração da pele, conhecida como epitelização. A perfusão sanguínea interna pode ser comprometida, dificultando a entrega de nutrientes e oxigênio, e retardando a cicatrização. Fatores como idade, condição geral de saúde, diabetes e imunossupressão influenciam a cicatrização. A laserterapia surge como uma técnica promissora para influenciar especificamente a cicatrização. Objetivo: Analisar os benefícios, malefícios e eficácia da laserterapia no tratamento de lesões cutâneas. Método: Estudo de revisão integrativa, organizado com base nas etapas: escolha do tema, categorização, avaliação, interpretação dos resultados e apresentação da revisão. A questão norteadora, formulada com a estratégia PICo (Paciente, Interesse, Contexto), foi: "Quais são os possíveis benefícios, malefícios e efeitos colaterais associados à laserterapia no tratamento de lesões cutâneas?" A busca foi realizada nas bases LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PUBMEd (National Library of Medicine, EUA) e Google Acadêmico, com artigos publicados entre 2013 e 2023. Resultados e Discussão: Sete artigos foram selecionados, publicados entre 2013 e 2023, todos em português, mostrando variações nos resultados da laserterapia. Grande parte dos estudos tinham um delineamento metodológico do tipo quantitativo e qualitativo, publicados em revistas brasileiras. Em alguns casos, houve melhora rápida e significativa na recuperação de pacientes, com resultados positivos em tratamentos de Lesão por pressão (LPP), acnes, dores crônicas e regeneração de células nervosas em lesões medulares. Entretanto, questões sérias foram destacadas, como o aumento do risco de neoplasias, malformações e alterações cromossômicas em fetos de gestantes submetidas à laserterapia, levantando questões sobre a segurança do uso do laser em determinadas populações. Considerações Finais: O estudo mostrou que, apesar dos resultados positivos em diversos contextos, é crucial considerar os riscos potenciais e restrições, especialmente para grupos vulneráveis como gestantes, assim se faz necessários mais estudos sobre a temática. Evidencia-se ainda que a prática de enfermagem deve ser orientada por uma compreensão holística dos efeitos da laserterapia, sempre priorizando a segurança e o bem-estar dos pacientes.