Introdução: A prática do ultrassom realizado por enfermeiros tem ganhado destaque como uma ferramenta eficaz para o diagnóstico e monitoramento de pacientes em diferentes contextos clínicos, especialmente em situações de emergência e cuidados intensivos. Objetivo: relatar uma série de casos que ilustram a experiência exitosa de enfermeiros na realização de ultrassom à beira do leito. Metodologia: Trata-se de relato de experiência acerca de casos atendidos por enfermeiros capacitados em ultrassom à beira do leito, em várias unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro. As informações foram obtidas por meio de compartilhamento de experiências entre membros da Academia de Ultrassom para Enfermeiros (Ultrasound Academy For Nurses) a partir de intervenções realizadas e os desfechos clínicos dos pacientes. A análise abrangeu 10 casos nos quais o ultrassom à beira do leito foi utilizado por enfermeiros, no período de abril a maio de 2024. Resultados: Os principais achados incluem: identificação precoce de condições críticas, como líquido ou ar em espaço pleural, choque hipovolêmico em situação de trauma; redução do tempo para o diagnóstico e início do tratamento adequado em situação de retenção de urina; melhoria na monitorização hemodinâmica de pacientes em estado crítico; alta taxa de precisão diagnóstica na identificação de obstrução de vasos pulmonares por coágulos; confirmação de posicionamento de cateter venoso central e acesso vascular com maior segurança; e feedback positivo dos pacientes e da equipe multidisciplinar sobre a eficácia e rapidez da intervenção. Conclusão: A experiência exitosa nesses casos demonstra que a prática do ultrassom à beira do leito realizada por enfermeiros é uma estratégia viável e benéfica, contribuindo para a melhoria da qualidade do atendimento e dos desfechos clínicos dos pacientes. A capacitação adequada dos enfermeiros e o apoio institucional são fundamentais para o sucesso dessa prática. Recomenda-se a ampliação de programas de formação em ultrassom para enfermeiros, bem como o fortalecimento das políticas que incentivem a integração dessa técnica nos protocolos de atendimento de emergência e cuidados intensivos.