Introdução: O período gravídico-puerperal é um momento de muitas mudanças na vida da mulher. É uma fase de novidades e adaptações, o que acarreta alterações no contexto emocional, fator que torna o psicológico mais vulnerável e sensível, e que pode vir a surgir alguns tipos de alterações. A depressão pós-parto (DPP) está entre os transtornos mentais que mais acometem as mulheres e entre tantas limitações que esse transtorno provoca, o ato de amamentar pode ser um dos afetados. Objetivo: A pesquisa tem como objetivo conhecer, através da literatura científica, as vivências de puérperas com DPP frente ao aleitamento materno. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico narrativo, qualitativo, de natureza descritivo-exploratório. A pesquisa foi feita por meio de busca nas bases de dados SciELO e LILACS, entre abril e maio de 2023. Os descritores utilizados na busca dos artigos foram: “depressão pós-parto”, “Período Pós-Parto”, “aleitamento materno”, foram utilizados como filtros idioma inglês, português e espanhol, prazo máximo de dez anos de sua publicação e estudos gratuitos. Resultados: Na Scielo foram encontrados 166 artigos, após a filtragem por ano e idioma restaram 38 artigos. Na LILACS foram encontrados 27 artigos após a filtragem por ano e idioma restaram 13 artigos. Após a leitura do título, resumo e texto completo, como amostra final foram selecionados um total de 20 artigos. Foi possível perceber que mães que são acometidas por esse agravo podem apresentar um comprometimento no vínculo mãe-bebê devido aos sentimentos de insegurança, falta de confiança, e diminuição da disposição, assim como a dificuldade no contato com a criança para estabelecimento da relação ou até a falta de afeto, medo e tristeza. Foram observadas interferências no ato da amamentação e, em alguns casos, até a cessação da prática. As puérperas com DPP podem apresentar desânimo ao amamentar de modo que insiram precocemente a fórmula láctea na alimentação do bebê; cansaço extremo e ausência de crença nos benefícios da amamentação. Considerações finais: Assim percebe-se que a importância dos programas voltados para saúde mental de gestantes e puérperas, através de educação em saúde, com rodas de conversa, grupos de gestantes, ou outras estratégias voltadas ao fornecimento de informações fidedignas com o intuito de fortalecer o vínculo com essas mulheres e promover um apoio para que a experiência de amamentar seja vivenciada positivamente.