Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
“PAIS PRESENTES, PAIS AUSENTES”: A QUESTÃO DA PATERNIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Relatoria:
Pablo Palmerim Santana
Autores:
- Vinícius dos Santos Maciel
- Maria Eduarda dos Santos Alves
- Hevelly Camila da Costa Pereira
- Aldalice Tocantins Correa
- Nely Dayse Santos da Mata
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: “Onde está o pai do bebê’ ou “Você é pai solo?” são perguntas cada vez mais frequentes nas consultas pediátricas ou de crescimento e desenvolvimento, a paternidade no Brasil contemporâneo ainda é uma questão considerada um tabu por muitos, seja pela ausência ou presença do progenitor masculino na vida da criança. Objetivo: Evidenciar a discussão da paternidade e sua importância no desenvolvimento infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando artigos encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo as bases de dados usadas: MEDLINE, LILACS e BDENF. Os descritores em ciências da saúde (DeCS) empregados foram: Paternidade, Desenvolvimento Infantil e Relações Pai-Filho. Os critérios de inclusão foram: artigos completos e gratuitos, estudos qualitativos, em português ou inglês, e que abordassem o tema. O período foi de 2015 a 2022. Foram excluídos textos pagos e incompletos, pesquisas quantitativas, artigos de revisão, relatos de experiência, estudos observacionais, de caso, epidemiológicos e reflexivos. Após a filtragem, foram selecionados 04 artigos dos quais foram coletadas as informações. Resultados e Discussão: Segundo estimativas, no ano de 2022, mais de 200 mil recém-nascidos foram registrados sem o nome do pai constando na certidão de nascimento, se somarmos essa parcela da população nessa condição, os números passam para milhões de cidadãos em solo brasileiro. Estudos modernos têm explorado os efeitos dessa ausência paterna no desenvolvimento mental e emocional infantil, os resultados comprovam a influência desse componente em estados ansiosos e depressivos tanto na infância quanto na adolescência, além de episódios de mania ou surtos, também sendo associados a quadros de estresse pós-traumático e dependência emocional em adultos. Por outro lado, também observou-se que estruturas familiares estáveis contribuem para o desenvolvimento adequado na primeira infância, pois ao criar uma zona de conforto e segurança, acabam por estimular zonas cerebrais responsáveis pela inteligência emocional e aprendizado. Considerações finais: A paternidade e sua importância no bem-estar clínico e mental da criança ainda precisa ser mais estudada para chegar a resultados cada vez mais conclusivos, no entanto é notório que a estrutura familiar instável é um elemento presente na avaliação clínica de doenças psíquicas como a depressão e ansiedade tanto na faixa etária infantil, quanto nas subsequentes.