INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é de suma importância tanto para o concepto quanto para a genitora, pois proporciona inúmeros benefícios nutricionais e imunológicos, além de fortalecer o vínculo entre mãe e bebê. Entretanto, existe um risco eminente de contaminação para os bebês nascidos de mães portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), doença emergente e transmissível que torna contraindicada a amamentação no Brasil. OBJETIVO: Discutir atualizações acerca da implementação de terapia antirretroviral precoce para mulheres com diagnóstico prévio de HIV, com intuito de garantir a amamentação segura. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, pela estratégia de busca ((Breast Feeding) AND (HIV) AND (Zidovudine)) na base de dados PUBMed, com o recorte temporal dos últimos 5 anos, que resultou em 15 artigos, dos quais 4 foram lidos integralmente. Os critérios de exclusão foram a incompatibilidade entre o título e o tema, além da indisponibilidade dos trabalhos nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: São indiscutíveis os benefícios nutricionais e imunológicos aos quais o lactente que possui dieta restrita ao leite materno está susceptível. A contraindicação da amamentação repercute em neonatos com risco aumentado para infecções e desnutrição. A Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA) traz dados relevantes quanto ao acesso à terapia antirretroviral (ART), ao evidenciar a sobrevivência infantil livre da infecção quando amamentadas por lactantes que foram submetidas a ART de forma precoce, ao fim do primeiro trimestre gestacional, mantendo carga viral irrelevante ou indetectável. A Organização Mundial de Saúde preconiza o início da terapia sempre que houver diagnóstico prévio de HIV, e que a mesma seja continuada durante os 6 meses de aleitamento exclusivo ou até a continuação da amamentação de forma complementar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de existirem controvérsias acerca da implementação de terapia antirretroviral e amamentação, não parece haver prejuízos da administração dessa terapia. Ao contrário, a efetuação correta da droga é de suma importância e fator protetivo para evitar a transmissão vertical de HIV através do leite materno.