A gestação e o nascimento são eventos marcantes com diversos fatores envolvidos na vida da mulher, é essencial que esta seja amparada por uma assistência humanizada que colabore para uma experiência gratificante, expressando livremente seus sentimentos e necessidades. Nessa perspectiva, o estudo buscou analisar a autonomia atribuída a parturiente em relação as suas escolhas sobre posições do parto. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa realizada com 31 puérperas internadas na Ala das Rosas no de um Hospital de referência Materno-Infantil em Roraima. A coleta de dados foi realizada no período de março e abril de 2021 por meio de entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram analisados segundo a análise de conteúdo de Bardin, que resultou em quatro categorias temáticas: “Posições de parto das mulheres”, “Orientações realizadas pelos profissionais da saúde sobre as posições de parto”, “Autonomia da mulher sobre a escolha da posição de parto” e “Experiências das mulheres de Roraima sobre a posição de parto”. Revelou-se que posição predominante foi a posição de litotomia, ainda considerada a mais ideal a ser utilizada no trabalho de parto pelas participantes, devido à escassez de informações fornecidas pelos profissionais durante o pré-natal e no momento do parto. A dor se caracterizou como fator dificultador no emprego das posições, diante do desconforto, porém as instruções contidas na caderneta da gestante, os cartazes dispostos na maternidade e a experiência empírica de outras parturientes foram instrumentos positivos na educação em saúde. O enfermeiro é essencial na conscientização dos direitos da mulher no preparo para o parto e sua escolha das posições que podem cooperar para um trabalho de parto mais efetivo.