Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considera um grave problema de saúde pública no Brasil, tendo em vista que pode evoluir de forma assintomática e até levar a alterações estruturais, funcionais e metabólicas. Encontra-se, frequentemente, associada ao desenvolvimento da Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), sendo um dos seus principais precurssores, tanto por aumentar o risco de infarto agudo do miocárdio como pela capacidade de realizar alterações anatomofisiológicas. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre a hipertensão arterial como o principal fator de risco para Insuficiência cardíaca e o papel da equipe de enfermagem. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, com abordagem descritiva, realizada entre os meses de março e abril de 2023 através a Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Foram utilizados os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Hipertensão arterial”, “Insuficiência Cardíaca” e “Enfermagem” utilizando o operador booleano “AND”, dessa forma 81 artigos foram encontrados e, após a utilização dos critérios de inclusão: texto completo, publicado nos últimos 5 anos e sem distinção de idioma, excluindo artigos duplicados e que eram do tipo revisão, a amostra foi constituída por 4 artigos. Resultados: A principal causa de morte, de internações e atendimentos a nível ambulatorial em todo o mundo, está relacionada a doenças cardiovasculares. A hipertensão não controlada aumenta o risco de desenvolver a ICC de duas maneiras, uma delas é causando estreitamento, constrição e aumento da resistência nos vasos sanguíneos levando a uma redução do fluxo para o músculo cardíaco que pode enfraquecer ou lesionar o coração e outra forma é aumentando o volume de trabalho do coração podendo levar a insuficiência cardíaca sintomática. Logo, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da HAS podem reduzir, significativamente, o risco de desenvolver uma ICC. A enfermagem tem papel fundamental no desenvolvimento de ações de educação em saúde, rastreio e diagnóstico e incentivo a adesão adequada ao tratamento e mudança de estilo de vida. Conclusão: O entendimento da evolução da HAS para a ICC possibilita que o cuidado profissional não seja limitado apenas a habilidades técnicas, mas contemple uma assistência integral no intuito de reduzir a morbimortalidade relacionada as doenças cardiovasculares.