Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ASSOCIADOS A COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Maria Eduarda Marques Machado da Silva
Autores:
- Jessica Maria da Silva Buarque
- Bianca Freire de Castro
- Ana Alice dos Santos Lima
- Maisa Gonçalves de Araújo
- Milton Cezar Compagnon
- Thaynara Travassos Paz de Freitas
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A associação da COVID-19, lesões cardíacas e disfunção de coagulação é resultado da gravidade da infecção, sendo uma complicação comum em casos hospitalizados e demonstrou ser um fator de risco independente da mortalidade. Objetivo: Entender do envolvimento cardíaco para estratificação de risco e manejo de pacientes infectados com COVID-19. Materiais e Métodos: Foi realizada análise de 4 estudos observacionais visando investigar os principais preditores de mortalidade ou risco de eventos cardiovasculares em pacientes internados com COVID-19. No levantamento de dados utilizou a base de dados PubMed, através do cruzamento "COVID-19 OR covid-19 OR SARS-CoV-2 OR Coronavirus AND (Heart Disease Risk Factors) AND (Heart Diseases)". Os critérios de inclusão abrangeram o recorte temporal de 2020 a 2023, redigidos nos idiomas português, inglês ou espanhol. Foram identificados 77 artigos pertinentes ao tema, nos quais foram escolhidos os artigos para a construção do estudo. Resultados: Observou-se que a maioria dos pacientes com agravos eram homens que possuíam comorbidades basais, além de preditores como idade avançada, etnia asiática/hispânica/negra, PCR-as e dímero-D. Ademais, foi evidenciado que países de baixa, média e média-alta renda apresentaram risco significativamente maior de mortalidade devido à variação nas características demográficas e condições crônicas pré-existentes. Encontraram-se achados importantes na correlação entre biomarcadores cardíacos e exames laboratoriais que são causadores da desregulação do sistema imunitário, de modo que reverbera no aumento expressivo de citocinas e consequente estado inflamatório sistêmico. Isso, devido à invasão viral direta de cardiomiócitos, além de distúrbios substanciais de coagulação, os quais são mecanismos potenciais de lesão cardíaca na COVID-19. Conclusão: Logo, foi possível identificar que a lesão cardíaca é um fator de risco independente para mortalidade hospitalar, existindo fatores sociodemográficos e laboratoriais significativamente associados ao prognóstico. Nota-se que após ocorrer a infecção por COVID-19, há atenuação na expressão do ACE2, favorecendo a desregulação do sistema renina-angiotensina, inflamação e subsequente tempestade de citocinas na maioria dos pacientes. Assim, o tratamento com anticoagulação é uma alternativa viável para prevenir a progressão da doença e evitar lesões cardíacas, refletindo no melhor desfecho dos pacientes acometidos por essa patologia.