Introdução: Os programas de residência em saúde consistem em uma modalidade de pós-graduação latu sensu, que têm como principal característica a promoção do ensino-aprendizagem dentro dos serviços de saúde, nos quais os residentes atuam sob supervisão de um docente assistencial. Contudo, o componente teórico do processo não deve ser trivializado, visto que favorece a reflexão crítica, permitindo o desenvolvimento de uma prática reflexiva e transformadora, resultando na melhoria da assistência de saúde prestada. Objetivo: Descrever a experiência de enfermeiras residentes em terapia intensiva e transplante na realização de sessões clínicas em um Hospital Universitário de Fortaleza. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido em um Hospital Universitário de Fortaleza. Foram relatadas vivências de residentes do primeiro e segundo ano, na realização de sessões clínicas da área de terapia intensiva e transplante, no ano de 2022. Resultados: As sessões clínicas ocorrem quinzenalmente, abordando assuntos previamente escolhidos pelas residentes juntamente com um enfermeiro preceptor, focando em temas mais recorrentes e pertinentes para a prática assistencial da terapia intensiva e transplante. Trata-se de uma estratégia de metodologia ativa, na qual as residentes são responsáveis por ministrar as sessões, dividindo-se por ano de residência e área de concentração. Durante as sessões clínicas, as residentes têm a oportunidade de relacionar teoria e prática, o que proporciona desenvolvimento do senso clínico crítico. Caracteriza-se também como um momento de atualização profissional, visto que as aulas são baseadas em evidências científicas atuais. Considerações finais: A realização das sessões clínicas configura-se como ferramenta fundamental na formação de enfermeiras especialistas, que realizam práticas baseadas em evidências e, consequentemente, oferecendo um melhor cuidado ao paciente.