Introdução: A pandemia do COVID-19 apresentou desafios sem precedentes para as instituições de saúde em todo o mundo. As Unidades Sentinela desempenharam um papel crucial na detecção e monitoramento da propagação do vírus. Este relato descreve os desafios enfrentados na gestão de uma Unidade Sentinela durante esse período crítico. Objetivo: Destacar os principais desafios enfrentados na gestão de uma Unidade Sentinela durante a pandemia do COVID-19. Metodologia: A Unidade Sentinela, localizada em um município do interior do Ceará, foi implantada para rastrear e bloquear a transmissão comunitária da COVID-19 na comunidade na segunda onda da Pandemia de COVID em abril de 2022 sendo gerenciada por uma enfermeira. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com análise dos dados ambulatoriais e das atas de reuniões de monitoramento e avaliação do serviço pela equipe gestora local e municipal. Resultados: Durante a pandemia, a gestão da Unidade Sentinela enfrentou desafios significativos, incluindo escassez de suprimentos médicos, aumento da demanda por testes, falta de recursos humanos e necessidade de adaptação às diretrizes em constante evolução. A obtenção de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados provou ser um desafio constante, afetando a segurança da equipe. Além disso, o aumento do volume de amostras e a pressão por resultados rápidos demandaram uma reorganização das atividades laboratoriais e a implementação de turnos adicionais. A comunicação eficaz com os pacientes e a colaboração com as autoridades de saúde pública foram cruciais para o rastreamento e isolamento de casos. Considerações Finais: A gestão da Unidade Sentinela durante a pandemia do COVID-19 exigiu agilidade, criatividade e resiliência. A superação dos desafios envolveu a busca por soluções alternativas para aquisição de EPIs, otimização de recursos humanos e adaptação contínua às orientações epidemiológicas. A colaboração entre equipes, a comunicação transparente e a busca por melhores práticas foram fundamentais para o sucesso da unidade. Este relato destaca a importância da preparação prévia para crises de saúde pública e destaca a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura e recursos para fortalecer a resposta em situações similares no futuro.