INTRODUÇÃO: De acordo com os dados do boletim epidemiológico de HIV/AIDS do Ministério da Saúde (MS) de 2022, os jovens são o grupo populacional com maior incidência da doença. Segundo o MS, 66% das gestações em adolescentes são indesejadas, e os principais motivos incluem a desinformação e a falta de apoio de redes familiares e comunitárias. A realidade do jovem militar não é diferente da apresentada no cenário nacional, de modo que durante a prática assistencial de profissionais de saúde de um Centro de Atenção Primária de uma Instituição Militar, no Estado do Rio de Janeiro, houve a percepção do aumento de pacientes sendo tratados por Infecções Sexualmente Transmissíveis –IST, bem como o de jovens com gestações indesejadas. Surgiu, a partir disso, a necessidade de realizar ações de educação em saúde visando orientar o uso de métodos contraceptivos e informações adequadas para a realização do planejamento reprodutivo. OBJETIVO: Descrever a experiência da realização da oficina de educação em saúde sobre métodos contraceptivos e planejamento reprodutivo para recrutas de uma Instituição Militar. MÉTODO: Trata-se de um relato da experiência da realização de oficina de educação em saúde realizada com recrutas de uma Instituição Militar do Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES), nos dias 22 de junho de 2023 e 11 de julho, respectivamente. Uma equipe de saúde foi responsáveis pela atividade, tendo como instrumento norteador o Manual de Prevenção das DST/HIV/AIDS do MS e o caderno de atenção básica 18: HIV/AIDS, hepatite e outras ISTs. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A educação em saúde contou com a presença de 284 participantes no RJ e 26 no ES, todos do sexo masculino e com idade entre 17 e 19 anos. No centro da ação estratégica foi discutido a utilização de métodos seguros nas práticas sexuais, identificação de sinais e sintomas de ISTs, formas e mitos sobre contágios, e a descrição de sinais e sintomas das ISTs mais comuns. Foi utilizada uma metodologia ativa de ensino, com abordagem dinâmica, uso de diversas imagens ilustrativas e as falas de forma popular e jovial para o melhor entendimento e participação do público-alvo. Ao término da atividade, foi viabilizado um momento para perguntas em geral para que os profissionais pudessem tirar dúvidas. Percebeu-se que muitos desses jovens ainda não iniciaram a sua vida sexual ou iniciaram de forma precária, sem conhecimento adequado prévio de prevenção.