INTRODUÇÃO: Os adolescentes estão se tornando um grupo vulnerabilizado à contaminação de DST’s, sendo essa vulnerabilidade relacionada a fatores como início da vida sexual precoce e relações sexuais esporádicas. Estudos demonstram que apesar de todas as alterações no cenário sexual dos adolescentes, meninos e meninas, se encontram em patamares distintos no tocante à sexualidade, com consequências importantes diante do risco a que estão expostos. OBJETIVO: Refletir a partir do conhecimento já produzido sobre DST’s em adolescentes do sexo feminino. METODOLOGIA: Estudo reflexivo realizado no mês de maio de 2023, por meio de leituras advindas de pesquisa bibliográfica na base de dados SciELO, utilizando-se os descritores DST e adolescente, sem limite de ano, incluindo na amostra teses e dissertações, além de artigos. RESULTADOS: Conforme análise dos trabalhos entendeu-se que a maioria das adolescentes portadoras de DTS’s indica a desigualdade de gênero e a falta de acesso à informação como sendo as principais condições responsáveis por terem adquirido a doença, relatando em grande escala, a dificuldade em negociar o uso de preservativo com o parceiro. As mesmas demonstram-se bastante inibidas ao discutirem temas como sexualidade, sexo, prevenção das DST’s, apresentando, em muitos momentos, um desconhecimento maior em relação a esses temas, quando comparadas com os meninos. Em relação à falta de informação, constata-se um baixo nível de informação das adolescentes sobre as doenças sexualmente transmissíveis, retratado no desconhecimento das formas de infecção e prevenção. Há também um índice pequeno de adolescentes que procuram os serviços de saúde, fator este que pode influenciar no aumento da não detecção precoce das DST’s nessa população. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A não procura dos adolescentes pelos serviços de saúde está diretamente relacionada com a inexistência de vínculo entre estes e os profissionais de saúde, principalmente da enfermagem. Destacando a importância da criação desse vínculo como estratégia de construção de espaços para o diálogo, visando a prevenção das DST’s por essas adolescentes e quebra de paradigmas.