Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERÍSTICAS LABORAIS E ESTRESSORAS EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LAGARTO
Relatoria:
Daniela Andrade Lima
Autores:
- Lucas dos Santos de Souza
- Noemia Santos de Oliveira Silva
- Jessica Lane Cabral Soares
- Iellen Dantas Campos Verdes Rodrigues
- Jussiely Cunha Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O trabalho proporciona realização pessoal ao combinar atividades laborais, relações interpessoais e independência financeira. Entretanto, as exigências do mesmo podem dificultar a adaptação dos profissionais, levando a transtornos mentais. Na enfermagem, o estresse é comum, sendo importante destacar que pode ter efeitos negativos na saúde. Objetivo: Descrever as características sociodemográficas, laborais e estressoras da equipe de enfermagem. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal e exploratório realizado com a equipe de enfermagem que trabalha em unidades críticas em um Hospital em Sergipe. A coleta de dados ocorreu entre janeiro e abril de 2023, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, com o parecer n° 5.845.602. Foi utilizado um questionário sociodemográfico e a Escala de Maslach Burnout Inventory-Human Services Survey para identificar a Síndrome de Burnout. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, com frequência absoluta e relativa percentual, com nível de significância de 5%. O teste qui-quadrado foi aplicado para testar a associação entre as variáveis. Resultados: A amostra foi composta por 164 participantes, sendo 140 mulheres (85,4%) e 24 homens (14,6%). A maioria tinha mais de 10 anos de experiência (67,5%). A média de tempo de atuação no setor era de 7,6 anos, já a do tempo de atuação na instituição era de 8,1 anos. Em relação aos turnos de trabalho, 33,7% trabalhavam pela manhã, 34,4% à tarde e 55,8% à noite, 56,2% dos participantes possuíam um segundo emprego. A média de carga horária semanal era de 43,4 horas. A maioria considerava sua carga horária flexível (51,9%), e 40,7% sofrem pressão no ambiente de trabalho. Quanto à satisfação, 56,8% estavam satisfeitos com o emprego e condições de trabalho, enquanto 22,7% estavam satisfeitos com o salário. A maioria dos profissionais (78,5%) lidam constantemente com situações de dor, sofrimento e morte, 4,9% não lidavam e 16,6% lidavam ocasionalmente com essas situações. Considerações finais: Faz-se necessária ações direcionadas à saúde mental dos profissionais de enfermagem, a fim de capacitá-los adequadamente para lidar com o estresse e as exigências do trabalho. Para tanto, a implementação de medidas como melhores condições salariais e ocupacionais, além de suporte psicológico, são necessárias para promover autocuidado, redução da pressão e burnout no ambiente de trabalho, visando garantir o bem-estar desses profissionais.