INTRODUÇÃO: No Brasil, o protagonismo do enfermeiro na pesquisa iniciou-se na década de setenta e já nos anos noventa preconizava-se a Iniciação Científica como um meio para envolver os acadêmicos de Enfermagem com a pesquisa, objetivando formar enfermeiros fomentadores da investigação científica e diminuir, a longo prazo, a distância entre a pesquisa e o ensino e a assistência de enfermagem. OBJETIVO: Relatar a experiência de um discente de enfermagem como membro de um projeto de pesquisa. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato experiência, acerca da participação voluntária em um projeto de pesquisa desenvolvido no Centro de Especialidades Médicas de Imperatriz (CEMI) no período de outubro de 2022 à abril de 2023. As atividades do projeto são realizadas com pacientes com Diabetes Mellitus tipo II que apresentam lesão na região distal das pernas, utilizando-se de quatro instrumentos: 1- ficha de identificação pessoal e sociodemográfica; 2- questionário de avaliação cognitiva comportamental; 3- ficha de investigação do tempo de doença, hábitos de cuidado, condições fisiológicas e características dos pés; 4- questionários de avaliação da qualidade de vida. RESULTADOS: O espaço onde é realizada a pesquisa é favorável para comunicação e preenchimento dos formulários e há boa relação com os profissionais da instituição, o que facilita a avaliação das feridas e continuidade da coleta de dados durante os procedimentos médicos e de enfermagem da rotina ambulatorial. Os pacientes, em sua maioria, respondem bem à abordagem, mas a extensão da entrevista tende a causar desânimo do meio para o fim, o que demanda habilidades de comunicação para manter o entrevistado interessado na continuidade. Os questionários de avaliação da qualidade de vida têm abordagens diferentes, mas perguntas semelhantes, o que requer boa leitura para que o enunciado seja devidamente expresso e a resposta corresponda ao solicitado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A iniciação científica enquanto acadêmico de enfermagem oportuniza vivenciar e entender a profissão além do ensino e assistência, impactando na construção da identidade profissional e autoestima como enfermeiro pelo entendimento da profissão como ciência. Além disso, a necessidade de interação com diferentes sujeitos favorece o desenvolvimento da comunicação interpessoal, inclusive, em situações adversas, como de tristeza, dor, mau-humor e cansaço, habilidade essencial na atuação do enfermeiro.