O aleitamento materno (AM) confere saciedade e saúde, elevando a janela imunológica de crianças amamentadas exclusivamente até os 6 meses, além dos benefícios maternos, como a redução de riscos de câncer de ovários. Estudos comprovam que o AM estendido até os 2 anos auxilia no desenvolvimento cognitivo e orofacial, na redução de infecções respiratórias, de obesidade e da diabetes mellitus tipo 2, ao longo da vida. Entretanto existem dispositivos como as chupetas e mamadeiras, denominados bicos artificiais, que corroboram para mudanças no padrão de sucção na mama, sendo a chupeta um dispositivo de sucção não nutritiva, e, como consequência, pode levar à confusão de bicos, e interferir no processo de AM. Objetiva-se abordar as interferências dos bicos artificiais na amamentação. Revisão integrativa realizada em julho de 2023, seguida pela pergunta norteadora: “Qual a influência dos bicos artificiais no aleitamento materno?”. Buscas realizadas nas bases de dados Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de dados de Enfermagem (BDENF), via Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os Descritores de Ciência em Saúde (DeCS): “Mamadeiras”, “Chupetas” e “Aleitamento Materno”, com operador booleano “AND”. Encontrados 25 artigos, incluídos em inglês, português e espanhol, disponíveis na íntegra, dos últimos seis anos. Excluídos os artigos duplicados e que não corresponderam à questão norteadora, resultando em 9 referências. Diante dos achados, pode-se afirmar que o uso dos bicos artificiais é um comportamento prejudicial, que causa interferência no AM, pois a confusão de bicos gera alteração na pega da mama e no padrão de sucção, podendo ocasionar o desmame precoce, alterações na fala, na deglutição, na mastigação e na respiração. Há controvérsias dos estudos acerca da diminuição do tempo da mãe e bebê no alojamento conjunto a partir da oferta de chupetas, porém não é uma prática recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e contrária ao que é realizado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que possui em suas diretrizes a não oferta de bico artificial. Portanto, diante do que foi descrito, orientações realizadas pelos profissionais de saúde para promover e fortalecer a prática do AM são de extrema importância, assim como o auxílio para uso de métodos alternativos para oferta do leite materno, e de apoio e acolhimento às mães, além de conceder informações desde a gestação, durante o acompanhamento pré-natal.