A insuficiência renal (IR), é caracterizada pela incapacidade da remoção dos produtos metabólicos do organismo. O comprometimento dessa filtração e excreção pode resultar em alterações metabólicas, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico, e em alguns casos podendo evoluir para o óbito. O trabalho tem por objetivo analisar a tendência de mortalidade por insuficiência renal no estado do Ceará entre os anos de 2011 e 2021. Estudo exploratório, realizado em julho de 2023, com dados coletados do Departamento de Informática do SUS - DATASUS, por meio do Sistema de Informação de Mortalidade. Foram coletados dados referentes ao período de 2011 a 2021, observando-se o número de óbitos, sexo, faixa etária, e cor/raça. Foi feita uma análise estatística de regressão linear para cálculo da tendência da mortalidade no software Excel. No período entre 2011 e 2021, o Ceará registrou um total de 6.822 óbitos decorrentes de insuficiência renal, em uma tendência crescente de (y=22,727x-45.198). Sendo Fortaleza a Divisão administrativa de maior incidência de óbitos, com 37,7% (n=2.575), em tendência crescente (y=7,5727x-15.003). Na análise quanto ao sexo, houve 3.878 (56,8%) óbitos do sexo masculino, com tendência crescente mais acentuada (y=16,709X-33.333) em relação ao sexo feminino (y=6,0182X-11.865). A idade de maior prevalência, foi em idosos acima de 80 anos (n=2.624, 38,4%), seguido por idosos entre 70 e 79 anos (n=1.633, 23,9%). No quesito cor/raça, a categoria declarada como parda foi a de maior incidência (n=4.541, 66,5%) e também de maior tendência ao crescimento (y=20,718x-41.355). A incidência de óbitos por IR no Ceará vem apresentando uma tendência de crescimento. Dentre os fatores associados a mortalidade por IR são: sexo masculino, ser idoso e ser de cor parda. Portanto, sendo imprescindível a adoção de políticas públicas de saúde voltadas para prevenção e rastreio da IR, além da ampliação do serviço especializado para esse público.