Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
TRABALHANDO SAÚDE MENTAL COM UM GRUPO DE UNIVERSITÁRIOS – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
José Henrique França Souza
Autores:
- Marcelino Maia Bessa
- Giselle Pereira da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A Educação Popular em Saúde (EPS) constitui-se como um conjunto de práticas educacionais, que prioriza uma conversação aberta entre educador e educando, respeitando seus conhecimentos sociais e culturais, ao reconhecê-los como válidos para a concretização do processo de aprendizagem da população. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de uma ação educativa sobre saúde mental, com estudantes universitários. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter qualitativo, do tipo relato de experiência. Este foi oriundo das vivências durante as práticas do componente curricular Estágio Supervisionado Obrigatório II, ofertado no 7° período do Curso de Graduação em Enfermagem, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). A intervenção foi realizada utilizando-se de metodologias ativas, afirmando os participantes/estudantes como foco do processo ensino/aprendizagem. A ação foi realizada em quatro momentos consecutivos, com uma breve apresentação dos estagiários e dos objetivos da atividade, leitura e discussão do texto “Escutatória”, de Rubem Alves, enfatizando-se a importância de ouvir o próximo e a si mesmo, seguida da realização de uma dinâmica sobre o reconhecimento de sentimentos e aspirações, e, por fim, construção de um mural contendo ações que beneficiam ou prejudicam a saúde mental. Foi observada uma boa participação dos estudantes, tendo a ação proporcionado momentos de criação de vínculo, compartilhamento de conhecimentos prévios, bem como construção e avaliação coletiva de novos conhecimentos. Assim, o uso de metodologias ativas mostra-se como uma potencialidade para o fazer saúde, e é indispensável que a saúde mental seja pauta não só no contexto do ensino superior, mas também da educação básica. Nessa perspectiva, espera-se despertar em educadores e profissionais de saúde um interesse maior em trabalhar essa temática, já que cabe à enfermagem quebrar as barreiras existentes e incentivar ambientes acolhedores, de escuta e apoio, para que as necessidades emocionais e psicológicas dos estudantes sejam captadas e atendidas.